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Morte de advogado seria ligada a execução de Rogério

14/12/2007 - Atualizado em 14/12/2007 16h28

Para entender todo o emaranhado que envolve a morte de Rogério Gonçalves, o advogado explica que é preciso relembrar fatos de 1993. “Ele era fiel de um armazém de uma empresa de Manhuaçu. Essa firma se envolveu num rumoroso caso de desvio de 50 mil sacas de café. O Rogério naturalmente, pela função dele, sabia para onde tinha ido o café. Ele foi ouvido nessa época e, lamentavelmente disse que apenas viu as sacas lá e que não sabia de mais nada”, contou Reinaldo Magalhães.

Em janeiro de 1994, a firma faliu depois que a credora das sacas de café contratou advogados famosos, vieram para cá e apuraram tudo. “A firma não resistiu e quebrou. O Rogério foi dispensado. Ele recebeu um lote próximo ao SUS como indenização trabalhista”.

Depois disso, Rogério voltou a exercer a atividade de café e montou uma firma própria na Melo Viana, mas sempre intranqüilo. Depois montou um escritório em Manhumirim.

Há cinco anos, por volta de 16 horas, em plena luz do dia, o Rogério foi rendido por homens armados e encapuzados que pararam um carro, entraram na firma de café dele lá e roubaram cerca de 20 a 30 mil reais. O carro tinha sido furtado em Manhuaçu e foi abandonado na zona rural de Manhumirim.

“Os policiais começaram a apurar e o Rogério não teve interesse que as investigações continuassem. Acredito que ele foi pressionado para que o assunto não fosse apurado”.

Nos últimos anos, o corretor foi melhorando a situação financeira com os bons resultados dos negócios em Manhuaçu e em Martins Soares.

Segundo Reinaldo Magalhães, um empresário amigo de Rogério disse que não queria se envolver e, na hora do enterro, ouviu pessoas que falaram que se ele vivesse outra vez, o matariam de novo. “Essa pessoa encerrou a conversa quando perguntei se sabia quem matou”, afirma.

Ainda nessa linha de raciocínio, o advogado explica que Rogério foi a Manhumirim cinco vezes no dia da morte em um intervalo de duas horas. “Ele veio em Manhuaçu às 15 horas e havia alguma coisa que o pressionava nesse dia. A morte está ligada entre as duas cidades. Esse negócio de suicídio é para desviar a atenção do que realmente aconteceu”.

MORTE DE BERNARDO MENDONÇA 

Reinaldo cita o caso do advogado Bernardo Mendonça Tebet e chama a atenção para alguns detalhes. “Aparentemente, os dois não eram amigos, mas se conheciam, trabalharam com café na mesma época. As circunstâncias misteriosas da morte do Bernardo mostram que também foi uma execução. O Bernardo foi justamente quem comprou o lote que Rogério tinha recebido em 1994, quando a firma quebrou. O Bernardo construiu a casa dele nesse local. Os dois trabalharam em café. Nada me tira da cabeça que os dois casos estão ligados”.

Reinaldo diz que depois do caso do Rogério, veio a morte do Bernardo. Outro crime em Manhumirim. “Executaram um advogado com três tiros e ninguém toca nesse assunto? Isso não pode ficar assim. Mata um advogado e ninguém faz nada?”, questiona.

ADVOGADO DIZ QUE COMERCIANTE NÃO SE MATOU 

Carlos Henrique Cruz - 14/12/07 - 16:16 - portalcaparao@gmail.com 

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