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Execução: Polícia Civil prende dois acusados de matar advogado

08/06/2008 - Atualizado em 11/06/2008 07h50

O Delegado Cristiano Augusto Xavier Pereira não divulgou detalhes das investigações para evitar interferências antes da conclusão do trabalho. Além de confirmar que os dois foram presos, ele e a equipe marcaram para quinta-feira a reconstituição do crime e a divulgação de novas informações.

A equipe da Delegacia de Homicídios de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, apurava o crime há alguns meses. Na sexta-feira, vieram para finalizar o inquérito com a prisão dos dois acusados.

Wellington Martinez foi preso em Manhumirim na tarde de ontem, enquanto Edmardo, que arrendou um motel no córrego Barreiro, foi detido em Manhuaçu. Os dois foram conduzidos para a 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil e transferidos para a cadeia de Espera Feliz.

Edmardo havia sido conduzido no final de março pelos policiais civis até a delegacia. Durante a Operação Antídoto, durante uma das buscas, ele foi encontrado com uma carteira de “investigador particular do Rio de Janeiro”.

LINHA DE INVESTIGAÇÃO

A divisão especializada assumiu o caso depois do assassinato de Bernardo em agosto de 2007. “Nós assumimos o inquérito presidido pelo Dr. Getúlio Lacerda e basicamente demos continuidade na linha de investigação que a equipe de Manhuaçu apurava. O caso estava muito avançado e agora estamos fechando o trabalho”, elogiou o delegado Cristiano Augusto.

Segundo a polícia, as investigações ligam o atentado sofrido por Bernando em novembro de 2005 e a execução. “Há outros pontos que não podemos divulgar agora, mas posso dizer que mostram mais coisas do que esse homicídio”, antecipou.

Na quinta-feira, peritos especializados vão ajudar na reconstituição do crime. O delegado garantiu que os detalhes serão divulgados durante o procedimento pericial.

A EXECUÇÃO

O advogado Bernardo Mendonça Tebet, 43 anos, foi assassinado na noite de 20 de agosto de 2007 na região da Ponte dos Gamas, km 94 da MG-111 (trecho entre Reduto e Manhumirim). Ele foi morto com três tiros. O carro foi deixado ligado e num cenário em que parecia montado.

Segundo um morador, por volta de 21:30, ele passava pela estrada de terra e observou o carro parado com o motor ligado. Em seguida, ele viu Bernardo caído e acionou os Bombeiros e a Polícia Militar. O advogado chegou a ser socorrido ao Pronto Atendimento e depois transferido ao Hospital César Leite, mas faleceu. Ele foi morto com dois tiros na cabeça e um no tórax.

No dia, a delegada de plantão Rosângela Tulher foi até o local do crime para buscar informações sobre o que teria acontecido. O cenário parecia que havia sido montado. “Há algumas dúvidas sobre o que aconteceu. O carro foi encontrado com o pneu sobressalente do lado de fora com o macaco e uma calota retirada. Parece que simularam que ele parou para trocar um pneu”, explica.

Dra. Rosângela explicou ainda que achava difícil Bernardo ter parado num lugar isolado como aquele para trocar um pneu: “Em função do que aconteceu em 2005, ele não corria risco desse tipo”.

ATENTADO

Em 21 de novembro de 2005, Bernardo foi atingido por dois disparos durante a ação de dois bandidos. Ele havia parado o carro próximo ao bairro Bom Jardim para conferir algumas intimações. Os dois homens se aproximaram, roubaram 510 reais e um telefone celular. Depois que saiu do carro, atiraram na cabeça e em uma das mãos.

Carlos Henrique Cruz - 08/06/08 - 08:59 - contato@portalcaparao.com.br 

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