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Política

Agentes da PF vasculham gabinete de João Magalhães em Brasília

20/06/2008 - Atualizado em 20/06/2008 21h20

 

Os policiais federais deixaram, no início da tarde desta sexta-feira (20), os gabinetes dos deputados João Magalhães (PMDB-MG) e Ademir Camilo (PDT-MG), no Congresso Nacional, levando sacolas com documentos, discos rígidos de computadores e um laptop. Os policiais chegaram ao local pela manhã e ficaram cerca de cinco horas trancados nos gabinetes. Os deputados não estão em Brasília.

 

As buscas fazem parte da Operação João de Barro, que visa desarticular uma suposta quadrilha que teria desviado verbas de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para construção de casas populares.

Segundo a PF, se trata da maior operação realizada neste ano por conta do número de policiais envolvidos e da quantidade de mandados de prisão e busca e apreensão.

Cerca de mil policiais cumprem 38 mandados de prisão e 231 mandados de busca e apreensão em sete estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás e Tocantins - e no Distrito Federal. De acordo com a polícia, 119 prefeituras são alvos de ações. Segundo a PF, por volta das 10h, ao menos 20 pessoas já haviam sido presas.

Todos os mandados de busca e apreensão, segundo a PF, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Hermes Gomes da 2ª Vara de Governador Valadares (MG).

A suspeita é de que os projetos apresentados no suposto esquema de fraude somem R$ 700 milhões. Segundo nota divulgada, a desarticulação da suposta quadrilha pode impedir fraude em contratos que somam R$ 2 bilhões.

A Prefeitura de Divinópolis, que foi um dos alvos da ação dos policiais, divulgou nota na manhã desta sexta informando que os agentes estavam com mandado de busca e apreensão no setor de licitação e compras. "A PF busca informações sobre recursos federais. A Prefeitura facilita e contribui com os agentes federais na busca de prestar esclarecimentos, que possam ajudar nas investigações", informou a nota.

Investigação

A PF divulgou que as investigações começaram após denúncias veiculadas pela imprensa de que uma auditoria do Tribunal de Contas da União em 29 municípios de Minas Gerais revelou indícios de fraude nas obras.

A fraude ocorreria na transferência de recursos repassados pelo governo federal em decorrência de convênios ou empréstimos cedidos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).   Informações do G1 - 14:40 - 20/06/08 - portalcaparao@gmail.com 

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