Chuva derruba árvores, destelha casas e inunda ruas

Telhado foi arrancado em moradia na rua Júlio Bueno

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Rua João Claudino, no Centro

Telha levada pelo vento forte ficou presa num poste na rua Júlio Bueno

Dois carros foram atingidos por galhos de árvores no bairro Santa Luzia

Chuva, ventos, raios, pânico e muitos estragos. Esse é o resumo do temporal que atingiu Manhuaçu e região na noite desta quarta-feira, 28, deixando um rastro de destruição por vários bairros e comunidades.

A chuva começou em Manhuaçu por volta de 19 horas. A tempestade veio com ventos muito fortes e raios. Em poucos minutos, telhas foram arrancadas em diversos pontos da cidade, atingindo outros telhados e as redes de energia elétrica. Além desses problemas, árvores também foram quebradas ou derrubadas com a força do temporal.

Segundo o Corpo de Bombeiros, houve registro de danos em todos os bairros. “Temos a informação de muros e paredes de casas que caíram no antigo campo de aviação, no bairro Todos os Santos e no Santa Luzia. Também teve vários casos de árvores que derrubaram redes de energia ou fecharam estradas. A MG-111 (Manhumirim) e a BR-116 (São Pedro do Avaí) ficaram fechadas totalmente por causa de árvores que caíram com a força dos ventos”, conta o Sargento Cleber Marcílio do Corpo de Bombeiros.

Os danos na rede elétrica se espalharam por toda a região. Várias cidades ficaram sem energia durante a noite e, em alguns bairros, a rede teve que ser consertada. “Há registros de galhos que derrubaram redes e telhas que saíram arrancando fios, inclusive de alta tensão. As equipes estão na rua, mas tem muitos registros ao mesmo tempo”, contou um funcionário da Energisa.

O Corpo de Bombeiros, que também ficou sem energia elétrica, teve que selecionar quais atendimentos fazia primeiro. “Foram muitos chamados durante a chuva e depois que o temporal amenizou. Aqui na cidade fomos priorizando as ocorrências em que havia pessoas envolvidas para protegermos as vidas em primeiro lugar. Depois começamos a atender os outros chamados”, explica Sargento Cleber.

PREJUÍZOS

Por toda a cidade de Manhuaçu, os prejuízos foram enormes. Um número ainda indefinido de residências teve danos no telhado. No bairro Santa Luzia, segundo a vereadora Maria Imaculada, mais de vinte famílias tiveram prejuízos com móveis molhados e telhas arrancadas. “Estive numa casa em que o telhado foi todo arrancado. Os móveis todos molharam. É um cenário devastador”, contou.

Em frente a Escola Estadual Salime Nacif, árvores quebraram e atingiram um Gol e um Fiat Siena. No mesmo bairro, a parede de uma casa caiu e obrigou moradores a deixarem o imóvel com medo de novos desabamentos.

Na Ponte da Aldeia, várias árvores caíram e o telhado da Engelmig foi parcialmente destruído. A loja teve problemas com alagamento e os funcionários tiveram que desligar todo o parque de máquinas.

RÁDIO MANHUAÇU

As duas torres de transmissão da Rádio Manhuaçu foram derrubadas pela força dos ventos, na parte alta do bairro Sagrada Família. A emissora divulgou que tentará os procedimentos para reerguer as antenas nesta quinta-feira, 29.

ENXURRADA

Se por um lado havia ventos fortes, por outro, moradores das ruas das partes mais baixas de Manhuaçu sofreram com a enxurrada. A grande quantidade de lixo carregada com entulho e pedaços de telha e árvores fechou grades de bueiros.

Sem ter para onde escoar, a enxurrada começou a invadir casas e carregou lama para vários locais. Moradores tiveram trabalho para retirar a lama das ruas Júlio Bueno, Olimpio Vargas, Antonio Welerson, Silas Heringer, Barão do Rio Branco e várias outras. “Caos total aqui no meu bairro. Várias placas de lojas caíram aqui perto, sem contar a enxurrada que foi pra dentro das casas e comércios”, relatou uma internauta.

Moradores a Rua Beira Rio, no Bom Jardim, tiveram que retirar o lixo que entupiu os bueiros e deixou a via alagada. Segundo eles, a quantidade de lixo acumulada e tudo o que foi carregado pela enxurrada contribuíram para o problema.

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Na rua João Claudino os moradores foram mais uma vez aterrorizados com a enxurrada. A água transformou a ligação entre as ruas Monsenhor Gonzalez e Frederico Dolabela num rio de lama. “Na Frederico Dolabela, o novo calçamento está todo afundando. Isso sem contar o rio de lama que virou a João Claudino”, relatou um morador.

Carlos Henrique Cruz - Jailton Pereira - Ronildo Miranda - Eduardo Satil

Fotos Carlos Henrique - Jailton Pereira - Davidson Venzel - Fabrício Barbosa - Pedro Henrique Alcon - Leste Notícia - Eduardo Satil