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Segurança

Diretor do DMAES e esposa são encontrados mortos

06/05/2008 - Atualizado em 09/05/2008 10h38

O Corpo de Bombeiros encontrou, dentro de um lago de uma represa, na tarde desta terça-feira, o carro que pertence ao diretor-ajunto do Departamento Muncipal de Água e Esgoto (Dmaes) de Ponte Nova, Domingos Sávio Martins (foto). O veículo, um Ford Escort cinza foi localizado na represa Passa Cinco, que fica na zona rural da cidade. A polícia localizou os corpos dele e da esposa amarrados e baleados dentro do veículo.

Domingos Martins e sua esposa, Zilda Silva de Souza Martins, de 45 anos, estavam desaparecidos desde o último dia 30 de abril. Nesta terça, a Polícia Civil de Ponte Nova prendeu dois funcionários da Dmaes, suspeitos do assassinato do casal.

Peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte irão até Ponte Nova para ajudar nas investigações.

 

Os corpos de Domingos Sávio Martins e Zilda Silva de Souza Martins estavam dentro do carro. Eles foram encontrados amarrados e com sinais que evidenciam terem sido atingidos por disparos de arma de fogo.

De acordo com as investigações, o crime se deu por vingança, já que Fabiano Pires Gonçalves e Washington Félix Gomes eram alvos de sindicâncias no DMAES. As investigações continuam, já que existem informações que há outros envolvidos. A polícia ainda procura Bruno “Pica-pau”. 

UMA SEMANA DE DÚVIDA

O diretor-adjunto do DMAES, Domingos Sávio Martins, e sua esposa Zilma Souza Martins, secretária do Centro Estadual de Educação Continuada, CESEC, estão desaparecidos desde a noite de 29. Uma testemunha viu o carro do casal, um Escort Hobby, azul, placas GQX 4085, chegando ao bairro da Raza onde o casal mora por volta das 21:30 horas, na noite do dia 29.

Segundo informações, Domingos havia acabado de ministrar uma palestra no Colégio Salesiano Dom Helvécio saindo em direção a sua casa. Familiares deram falta dele na tarde de 30, já que não havia almoçado na casa dos pais como fazia todos os dias.

Funcionários do DMAES e da unidade onde Zilma trabalham estranharam o fato deles não terem ido trabalhar naquele dia. Diante do desaparecimento, a família acionou a Polícia Militar, que começou a busca, próximo a sua residência.

Um irmão de Domingos conseguiu entrar na casa, mas não notou sumiço de nada. Familiares fizeram ligações para o celular deles e por várias vezes um jovem atendeu, conversando muito em “gíria”. “Aqui é da Máfia Azul”, repetia em meio a palavrões e ameaças.

Passando-se como um cliente usuário de drogas do rapaz, um policial conseguiu marcar um encontro com o indivíduo. O local do encontro seria próximo ao bairro Cidade Nova. O aparato policial foi montado, mas o rapaz não apareceu. Em seguida o celular foi desligado e o contato foi perdido.

A divisão anti-seqüestro da policia Civil de Belo Horizonte foi acionada, e na tarde do dia 3, um helicóptero da divisão esteve sobrevoando a mata próximo à casa de Domingos, no bairro da Raza.

Segundo familiares, há possibilidade de Domingos e Zilma terem sido vítimas de crime. No exercício do cargo de diretor-adjunto do DMAES, Domingos estava tomando medidas administrativas contra alguns funcionários da autarquia. Isso estava gerando insatisfação por parte dos funcionários investigados.

Carlos Henrique Cruz - Com informações do Portal UAI e do Portal Unidade Notícias / Ponte Nova - Site parceiro do Portal Caparaó - 06/05/08 - 22:27 - Atualizado 07/05/08 - 07:49

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