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Qualidade do café das Matas de Minas é foco do segundo dia

16/03/2016 - Atualizado em 01/04/2016 09h22

MANHUAÇU (MG) - A produção de cafés especiais foi o foco de todas as palestras do segundo dia do Simpósio de Cafeicultura das Matas de Minas, realizado pela Associação Comercial de Manhuaçu (ACIAM), no Parque de Exposições da Ponte da Aldeia, com patrocínio da CODEMIG - Governo de Minas.

Ao longo dos últimos 20 anos, houve uma revolução na produtividade e na qualidade dos cafés produzidos nas montanhas da região. O Simpósio de Cafeicultura foi o principal palco para disseminar essa nova cultura. Além disso, diversas entidades atuaram diretamente no campo.

Nos últimos anos, foi criada a nova identificação dos cafés da região, com o surgimento da marca do Café das Matas de Minas, que é gerenciada pelo Conselho de Entidades do Café. Atualmente, o desafio é disseminar um padrão capaz de repetir a qualidade ao longo dos anos, estendendo esses conhecimentos para produzir cafés especiais.

Além da indicação geográfica – que atribui identidade aos cafés da região e agrega valor de mercado ao produto – a adequação do processo produtivo é decisiva para alcançar o mercado internacional.

PILAR DA QUALIDADE

Foram criadas em 2015, as redes de referência que atuam diretamente nas fazendas para orientar os produtores. Neste ano, o Simpósio de Cafeicultura trabalhou justamente em cima do pilar da qualidade, mostrando aos participantes as vantagens de se produzir cafés especiais e também ensinando que essa é uma realidade acessível a todos os cafeicultores.

A primeira parte da programação foi um painel sobre as Regiões Produtoras e o Mercado de Cafés Especiais, aberta pelo professor José Luis dos Santos Rufino - Superintendente do Centro de Excelência do Café, com a participação do Diretor Presidente do Conselho, Fernando Romeiro.

Logo em seguida, a Diretora da Revista Expresso, Mariana Proença, trouxe uma palestra sobre a evolução e as perspectivas do mercado de cafés especiais. “O mercado de cafés especiais apresenta um crescimento de 15% ao ano, ou seja, muito superior ao consumo do café comum. Essa tendência é um mundo sem volta”, destacou.

O Superintendente da Federação do Café do Cerrado, Juliano Tarabal Gonçalves, apresentou a experiência do setor cafeeiro na região produtora do Cerrado Mineiro. Ele contou o trabalho feito pelos cafeicultores da sua área, que estão buscando no universo do vinho referências para comunicar aos consumidores as especificidades e a qualidade da produção local.

No encerramento da primeira parte, o Diretor Financeiro do Conselho das Matas de Minas, Sebastião de Lourdes Lopes, apresentou o balanço das Matas de Minas como Origem Produtora: Avanços e Expectativas, explicando como foi o surgimento desse trabalho focado em qualidade, governança e identidade regional.

PRÁTICA

Na parte da tarde, o Gerente Regional da Emater-MG/Manhuaçu, Rômulo Matozinhos, conduziu o painel sobre a produção de cafés especiais nas Matas de Minas. O foco foi demonstrar resultados práticos de fazendas da região.

O Professor Titular do Departamento de Fitotecnia da UFV Ney Sussumo Sakiyama demonstrou pesquisas sobre o potencial para a produção de Cafés de qualidade nas Matas de Minas.

O consultor de cafés especiais Sérgio Cotrim D’Alessandro apresentou orientações técnicas para a produção, com cuidados para os produtores garantirem a qualidade dos cafés para atender aos padrões internacionais.

O encerramento foi com o coordenador técnico da Emater, Paulo Roberto Vieira Corrêa, sobre as mudanças que já ocorreram na produção do café regional.

Para o professor José Luís Rufino, o sucesso de produtores de cafés da região em concursos de qualidade confirma essa nova realidade. “É uma mudança de sucesso. Uma região que até há pouco tempo não se destacava na produção de cafés de ótima qualidade, é alçada ao primeiro lugar do pódio na produção de cafés naturais e de cafés cereja descascado. Os produtores, como o Clayton Barrossa e muitos outros dessa região, fazem parte do avanço conseguido na melhoria de qualidade dos cafés em toda Região das Matas de Minas”.

QUINTA-FEIRA

Na quinta-feira, o evento será aberto com o 2º Encontro das Mulheres Produtoras. A palestra especial será sobre a estilo e atitudes que constroem o sucesso do negócio.

Durante a tarde, os temas serão renovação e recuperação dos cafezais; orientações básicas sobre cooperativismo e a valorização da agricultura.

O evento é gratuito. Basta o participante fazer a inscrição na entrada do Simpósio de Cafeicultura. As atividades acontecem de 8:30 às 18 horas.

Na sexta-feira, o Dia de Campo será no Centro Experimental de Café das Fazendas Heringer, em Martins Soares.

Assessoria de Imprensa

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