REDAÇÃO - O Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, está iniciando a implementação o Projeto de Integração Regional de Minas Gerais - Modal Aéreo (PIRMA). Mais uma vez, Manhuaçu ficou de fora do projeto, enquanto Muriaé, Ponte Nova e Viçosa foram incluídas.
A partir da 2ª quinzena de agosto, os doze municípios da primeira fase do projeto - Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Juiz de Fora, Muriaé, Patos de Minas, Ponte Nova, São João Del Rei, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa - passarão a contar com voos fretados para Belo Horizonte. Essa iniciativa inédita responde às diretrizes estratégicas do plano de governo de levar ações de desenvolvimento econômico aos diversos territórios de Minas Gerais.
Para tornar viável a interligação aérea do interior com Belo Horizonte, a Codemig realizou pesquisa de mercado ouvindo mais de 2.100 pessoas em 31 municípios, verificou a aceitação do emprego de aviões monomotores de baixo custo operacional, e assumiu o risco econômico do empreendimento fretando aeronaves para o transporte não regular de passageiros e cargas. Vencedora da licitação pública na modalidade de Ata de Registro de Preços foi a empresa Two Taxi Aéreo Ltda., que opera desde 2001 aviões Cessna Grand Caravan 208 B homologados atualmente pela ANAC para o transporte de 9 passageiros. Para a venda dos assentos de cada voo, a Codemig licitou a operação de e-commerce. Os vouchers poderão ser adquiridos por meio de aplicativos para tablets e smartphones ou pelo site www.voeminasgerais.com.br.
Na primeira fase do PIRMA serão 60 voos semanais ligando o interior a capital. Cada voo cobrirá em média 200 km, terá duração de 40 minutos e custará cerca de R$ 300,00 por passageiro. As rotas e frequências dos voos foram definidas preferencialmente para cidades não atendidas pela aviação regular, tomando-se como referência a demanda de passageiros em função do preço do voucher.
Em uma segunda etapa, confirmada a sustentabilidade técnica e econômica do projeto, serão incluídas novas localidades, além de aumentada a frequência dos voos.
Manhuaçu ficou de fora do projeto, mesmo com a região do Caparaó como atrativo turístico e a movimentação de empresas na região. O Aeroporto no distrito de Santo Amaro de Minas está homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, destaca o papel de fomento da economia através do modal aéreo: “Nosso objetivo não é competir com a aviação comercial tradicional, mas criar um modelo sólido e viável para complementá-la, usando empresas privadas e a infraestrutura aeroportuária já instalada. Tenho esperança de que, conectando uma oferta de transporte aéreo eficiente e de baixo custo a uma demanda de passageiros ansiosa para ter acesso ao serviço, o PIRMA alcançará uma operação sustentável, com pouco ou nenhum subsídio econômico da Codemig. Ao encurtar distâncias, o transporte aéreo estimula negócios e dinamiza a economia de toda uma região. A aviação é sempre um fator de transformação de pessoas e de territórios”.
Segundo o secretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Ricardo Faria, o PIRMA é de extrema importância para o incremento das atrações turísticas de Minas Gerais. “Acreditamos que essa iniciativa da Codemig irá fomentar o turismo em Minas, principalmente nas áreas de negócios e lazer. Os turistas serão beneficiados com ampla facilidade de mobilidade e consequentemente pelo intercâmbio entre as regiões. Além disso, haverá um crescimento considerável na receita ligada diretamente ao turismo”.
PROJETO
O projeto visa fomentar os negócios regionais, desenvolver o turismo e facilitar o deslocamento de moradores do interior a Belo Horizonte, permitindo que tenham acesso rápido a eventos e serviços disponíveis na capital.
Para Minas Gerais, que possui uma área total de quase 600 mil quilômetros quadrados, o investimento na regionalização por meio do transporte aéreo é estratégico e indispensável para atender a meta de redução das desigualdades nos 17 territórios de desenvolvimento criados pelo Governo do Estado.
A iniciativa é uma parceria da Codemig com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, SETOP.
Segundo o secretário, Murilo de Campos Valadares, o incremento de investimentos na infraestrutura dos Aeroportos Regionais, tanto em instalações físicas quanto em equipamentos, é necessário e requer ações imediatas: “A alavancagem de investimentos em infraestrutura é fundamental para que o Estado de Minas Gerais que, há mais de uma década permanece estagnado em sua participação na composição do Produto Interno Brasileiro (PIB), volte a crescer, fixando empresas e mão-de-obra qualificada. Isso passa, dentre outras medidas necessárias, pela reestruturação da rede de aviação regional, com expansão da oferta de transporte”.