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Projeto Manhuaçu, uma terra de imigrantes é lançado

19/04/2017 - Atualizado em 19/04/2017 20h14

MANHUAÇU (MG) - A ADESC (Agência de Desenvolvimento do Caparaó), em parceria com as escolas estaduais, apresentou o Projeto ‘Manhuaçu, uma terra de imigrantes’ à Prefeita Cici Magalhães, em reunião realizada no Gabinete da Prefeitura. Entre os presentes, o Presidente da Adesc, André Farrath Jaeger; Coordenadora Pedagógica Joana Darck; representantes de diversas escolas do município, escritores da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Joventino Lopes e Dr. Sebastião Fernandes, empresários e diretores da Adesc, Moisés Pêsso, Juarez Pena, José Dornelas, João Batista Perígolo e Luis Rufato.

De acordo com a organização, o evento acontecerá dia 15 de Julho. ‘A Prefeita Cici abraçou o projeto e ofereceu toda estrutura para a sua realização. Alemanha, Espanha, França, Árabes (Sírios-Libaneses), Portugal, Suíça, China, Itália e Peru serão estudados e levantados às famílias que formaram nossa região. Serão apresentados o hino nacional, roupa, comida e bebida típica, além de músicas regionais de cada nação’ destacou o Presidente da Adesc, André Farrath.

A proposta do projeto é promover uma busca do conhecimento cultural e socioeconômico das famílias que formaram a região. ‘No passado, Manhuaçu compreendia também os municípios de Simonésia, Santa Margarida e Luisburgo, enfim uma área bem maior. Os imigrantes aqui chegaram, ficaram e desenvolveram o comércio, a cultura e as artes. A proposta é que cada escola assuma um país e que desenvolva todo o seu circuito pedagógico, buscando a parte econômica, social e o nome das famílias que aqui fizeram história. Por exemplo, citamos a forte presença dos europeus, como ocorreu em Luisburgo, onde há mais de cinquenta famílias suíças, e alguns franceses que se estenderam até Pedra Bonita. Em Manhuaçu, temos os italianos, que dominaram a parte de telefonia; os portugueses com a energia elétrica; os sírios libaneses que chegaram e desenvolveram a contabilidade, a medicina, e, em seguida, o comércio. A comunidade sírio-libanesa de Manhuaçu é considerada a terceira maior do Estado; mencionamos ainda os espanhóis, que se estendem para os lados de Martins Soares e Durandé, bem como os alemães que tiveram presença marcante em Alto Jequitibá, além da chegada dos peruanos, bolivianos e chineses. Com este trabalho nas escolas, reacenderemos a história e a cultura, fortalecendo-as por meio dos alunos. É nossa proposta buscar as famílias para que elas possam nos conceder depoimentos sobre o ocorrido no passado. A prefeita foi muito receptiva, abriu as portas da prefeitura para este projeto e cedeu espaço no centro da cidade para que este evento aconteça. As próximas reuniões relacionadas ao projeto serão pedagógicas, para se discutir o tema e o desenvolvimento’, explicou Farrath.

A Coordenadora da EE João Xavier da Costa, Joana D’Arc de Souza Farrath, relatou que o trabalho envolverá estudantes com idade entre seis e dezessete anos. ‘Caberá aos professores desenvolver um projeto interdisciplinar com os alunos, onde eles conhecerão a história de Manhuaçu e estes imigrantes que tomaram posse de nossas terras, ajudando na construção da nossa culinária, arquitetura, economia e vários outros aspectos. Queremos fazer um resgate da história junto aos nossos educandos, sem deixar que a cultura da nossa região morra, com se fosse uma árvore sem raiz. Todas as escolas foram convocadas para participar deste projeto. No Gabinete, houve o sorteio para a definição de quais escolas ficarão com quais países’, mencionou Joana D’Arc.

Secretaria de Comunicação Social – Prefeitura de Manhuaçu

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