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CRM pode fazer interdição no hospital de Caratinga por falta de condições de trabalho

12/05/2017 - Atualizado em 13/05/2017 09h35

CARATINGA (MG) - O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM – MG) se reuniu com autoridades ligadas à saúde com o objetivo de discutir a situação precária dos hospitais mineiros. O CRM também veio a público alertar a sociedade sobre o risco de suspensão das atividades médicas em 26 hospitais, entre eles, o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Caratinga, por causa da falta de condições de trabalho e o atraso no pagamento dos médicos.

Segundo o CRM, essas instituições de saúde podem sofrer uma interdição ética. “Ela trata da interdição e da suspensão da atividade profissional médica naquela unidade, quando nós verificamos que existe um risco muito grande tanto para a atividade profissional quanto para a garantia da assistência com qualidade à população”, afirmou Fábio Guerra, presidente do CRM.

A Resolução nº 2.062/2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM) dispõe sobre a interdição ética, total ou parcial, do exercício ético-profissional do trabalho dos médicos em estabelecimentos de assistência médica ou hospitalização de qualquer natureza, quer pessoas jurídicas ou consultórios privados, quando não apresentarem as condições exigidas como mínimas na resolução e demais legislações pertinentes.

De acordo com o CRM, fiscalizações têm sido feitas nas unidades de saúde, sendo constatadas realidades desumanas. Os relatórios são enviados às autoridades, mas até o momento, não houve resultado prático e efetivo. “São feitas várias fiscalizações. Fiscalização, relatório, solicitação de medidas e nova fiscalização. Não resolvendo o problema é feito um indicativo de interdição com novo prazo para correção. Não havendo a correção é aprovada pelo Conselho uma suspensão da atividade profissional. A maioria desses hospitais está nessa fase da segunda fiscalização para avaliar a resposta às correções solicitadas”, disse Fábio.

O Conselho Regional de Medicina, os médicos e outros profissionais de saúde cobram dos governos federal, estadual e municipal soluções imediatas, entre elas, acabar de vez com o subfinanciamento e a má gestão em saúde, que abrem brechas para o uso irregular de recursos e a falta de controle de políticas públicas.

Conforme a representante da Diretoria de Políticas e Gestão Hospitalar do Governo de Minas, Juliana Colen, os custos são divididos entre os três governos. Mas ao mesmo tempo explicou que a parte do governo estadual é em forma de incentivo. Ela reconheceu o atraso em alguns repasses e não deu previsão para regularizar.

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