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Alunos do Tiradentes obtém terceiro lugar na Olimpíada Internacional de Matemática

29/06/2017 - Atualizado em 29/06/2017 15h41

MANHUAÇU (MG) - Ganhar medalha em uma competição internacional de matemática, com questões complexas exigindo raciocínio lógico e resolução de problemas desafiadores já seria motivo de orgulho para qualquer estudante do ensino médio. Para um grupo de alunos do Colégio Tiradentes, de Manhuaçu, a conquista significa também o reconhecimento de que um trabalho diferenciado na sala de aula de uma escola pública pode ampliar oportunidades na vida. Em abril deste ano, 42 alunos do colégio – 12 do 6º do ensino fundamental e 10 de cada série - 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, se inscreveram para participar da Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras (MSF), uma seção brasileira do evento de mesmo nome organizado na França.

Os grupos fizeram a prova e como resultado a escola ganhou sete medalhas de bronze, a nível estadual e nacional, respectivamente. As turmas do 6º ano do ensino fundamental, e 1º e 3º ano do ensino médio, foram contempladas nas duas categorias, já os estudantes do 2º foram medalhistas no âmbito estadual.

No Brasil, a Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras é organizada pela Rede do Programa de Olimpíadas do Conhecimento (Rede POC), programa de intercâmbio científico que tem como objetivo estimular o interesse entre os estudantes pela ciência, tecnologia e inovação. A competição tem apoio do Consulado-Geral da França em São Paulo; do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed); do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, instituição sem fins lucrativos ligada à Fundação Itaú Social; e da Universidade Metodista de São Paulo.

A influência que o ensino da matemática possui na formação cidadã do educando não deve ser tratada como uma ferramenta utilizada para desenvolver isoladamente o raciocínio e as habilidades cognitivas. O ensino da disciplina contribui para a formação plena do educando como um ser crítico formador de opinião. “A matemática ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, além de ser uma ferramenta para tarefas específicas em quase todas as atividades humanas”, explica diretora do Colégio Valéria Xavier.

Ela enfatiza que a disciplina permite uma análise crítica sobre seu papel na melhoria da qualidade de vida, com inúmeras interpretações sobre o que representa a ciência para o bem-estar do ser humano. “A Matemática pode ser vista como uma ciência formal e, assim, cria modos de descrever e lidar com problemas, o que acaba interferindo na realidade. Ela é eficaz para qualquer pessoa, fato que justifica sua presença no currículo escolar de todo o cidadão”, destaca.

A participação na Olimpíada de Matemática Sem Fronteiras foi, portanto, uma oportunidade de conferir o resultado das atividades que já são realizadas comumente na escola, segundo a professora de Matemática, Vivian Souza Satler.  “Fizemos uma pré-seleção com alunos que já possuem aptidão para a área de exatas. Montamos equipes de cada série com 10 alunos e eles se propuseram a realizar as provas e tivemos um excelente resultado”, explica.

A professora de matemática afirma que só havia conhecimento – na região, da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). “Ainda não conhecíamos essa Olimpíada internacional de matemática. Pela primeira vez inscrevemos os alunos e, de imediato, conseguimos esse excelente resultado”, pontuou.

Jovens exaltam conquistas

Segundo o estudante Gilmar dos Santos Benites, de 17 anos, a conquista reflete a seriedade com que cada estudante se propôs a enfrentar o desafio. “Ficamos felizes com o terceiro lugar. É uma prova que nossos esforços foram produtivos e pode sim fazer a diferença em nossa vida acadêmica”.

Para a aluna Mariana Guerra Costa, de 15 anos, o sentimento é de alegria e felicidade, tendo em vista o grau de desafio e dificuldade da competição. Ela destaca que os estudos não devem se ater somente a escola, mas se estender ao âmbito familiar, para que ocorra uma melhora de desempenho não só em matemática, mas em outras disciplinas.

A estudante Leandra Feitosa realça a coordenação da professora Vivian Satler, ao qual se refere como uma profissional excepcional. A jovem evidencia o trabalho de equipe entre alunos que – em alguns casos, não se conheciam, mas se uniram em prol de um projeto maior e obtiveram um grande resultado para o colégio Tiradentes.

Danilo Alves | Tribuna do Leste

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