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Segurança

Bando faz parte de uma quadrilha especializada em roubos

12/07/2017 - Atualizado em 13/07/2017 07h51

SANTA MARGARIDA (MG) - Após fugirem da cena do crime e dispensarem os reféns, os bandidos que assaltaram duas agências bancárias nessa segunda-feira (10) em Santa Margarida, ficaram perdidos em uma lavoura e tentaram subornar um trabalhador rural para que ele escondesse o bando em uma Kombi e eles pudessem escapar. “Eles ofereceram dois maços de dinheiro para o homem, mas ele recusou e alertou a polícia”, contou o delegado da Polícia Civil Felipe Ornelas, de Abre Campo, na mesma região, que comanda as investigações do caso. Após ter o pedido negado, o grupo seguiu em fuga, mas três integrantes acabaram presos.

Segundo ele, o grupo é uma facção de uma quadrilha maior, que é investigada há pelo menos cinco anos. Eles seriam de três cidades: Fervedouro, Divino e Carangola, todas também na região da Zona da Mata. “São ladrões por profissão, não fazem outra coisa. Dia sim, dia não, saem pra roubar. Um roubo desses, como o de ontem (10), quando dá certo, estrutura bem a quadrilha por um tempo, pois eles conseguem coletes, dinheiro. Eram R$ 90 mil, valor que foi recuperado”, detalhou.

A quantia foi levada de uma agência do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). Na outra agência, do Banco do Brasil (BB), o grupo não conseguiu ter acesso ao cofre, que tem fechamento automático, por conta do horário.

Ornelas contou que a região é propícia para a atuação desses grupos por ter várias rotas de fuga. “Temos várias estradas vicinais, que passam por fazendas, e estamos próximos a duas rodovias, as BRs 116 e 262, que possibilitam um escape rápido”, detalhou.

Foto Bandidos Santa Margarida - Fred Magno - Super Notícia

(Foto Fred Magno - Jornal Super Notícia)

ESTRADAS

A combinação de estradas de terra e grandes rodovias é comum no interior de Minas Gerais, e, combinada com uma segurança frágil, pode ajudar a explicar o grande número de roubos a bancos cometidos em cidades pequenas no Estado. Apenas em 2017, pelo menos 13 assaltos a bancos foram cometidos por quadrilhas. Os grupos têm preferência por caixas eletrônicos, que costumam ficar desprotegidos à noite. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada, mas disse não ter dados sobre a segurança das agências.

A Polícia Civil ainda apura se a quadrilha que atuou em Santa Margarida está envolvida em outros crimes. Uma das suspeitas é que o grupo tenha participado de um assalto na mesma agência do Banco do Brasil de Santa Margarida, em março de 2016. Na ocasião, cinco homens fortemente armados explodiram três caixas eletrônicos durante a madrugada. A agência ficou parcialmente destruída, e estimou-se, na época, que foram levados R$ 250 mil.

MAIS ROUBOS

O Delegado Regional de Manhuaçu, Dr. Carlos Roberto Souza, informou que já identificaram que a quadrilha praticou diversos roubos em agências bancárias da região. “Um vídeo do final de semana mostra os mesmos elementos na cidade de Barra Longa, região de Ponte Nova, na noite da explosão do Banco do Brasil naquela cidade. Um dos homens na filmagem é o mesmo que foi preso em Santa Margarida. Tudo indica que é a mesma quadrilha”, detalhou.                       

Além disso, há indícios que foi eles que explodiram no ano passado o Banco do Brasil em Santa Margarida e depois o caixa eletrônico em Caputira. “Estamos esperando resultados de outros levantamentos e estamos confirmando mais três roubos por eles”, pontuou.

O caso de Chalé, na semana passada, também está sendo investigado se foi praticado pelo mesmo grupo.

Aline Diniz / Jornal O Tempo e Redação do Portal Caparaó

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