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Segurança

PM se preocupa em evitar a chegada de bandidos do RJ

13/08/2017 - Atualizado em 14/08/2017 09h41

BELO HORIZONTE (MG) - Os roubos violentos a caixas eletrônicos, chamados pela polícia de “novo cangaço”, são a maior preocupação na área de segurança pública em Minas Gerais, de acordo com o comandante geral da Polícia Militar de Minas, Helbert Figueiró. Sexta (11), ele apresentou os dados de criminalidade no Estado relativos ao primeiro semestre deste ano e afirmou também que a chegada de bandidos do Rio de Janeiro provoca apreensão.

O temor é que, com a presença da Força Nacional no Estado vizinho, os criminosos cruzem a divisa para atuar em Minas Gerais. Por isso, a PM começou nesta semana uma operação em 21 pontos de interseção na divisa dos dois Estados.

A operação “Divisa Segura” tem foco em oito municípios da área de atuação do 47º Batalhão da Polícia Militar (PM), sediado em Muriaé.

Todo efetivo do setor administrativo da unidade está empenhado realizando patrulhamento ostensivo na divisa com o estado do Rio de Janeiro e nas rotas de acesso a Zona da Mata.

As cidades envolvidas são: Barão do Monte Alto, Carangola, Divino, Eugenópolis, Faria Lemos, Palma, Patrocínio do Muriaé e Tombos.

Em relação aos ataques a caixas eletrônicos, ele afirmou que embora o índice desse tipo de ocorrência tenha caído 34% na comparação de janeiro a junho de 2017 com o ano anterior – foram 127 casos em 2016 e 83 no mesmo período deste ano –, a PM diz que os casos ficaram mais violentos. “Eles estão atuando de forma mais organizada, em número maior, com um tipo de atuação voltada para intimidar a PM”, afirma Figueiró. Para enfrentar esse tipo de criminoso, a PM está fazendo mapeamento das quadrilhas em conjunto com as polícias de Estados que fazem divisa com Minas.

A maioria dos roubos aos equipamentos acontece em cidades do interior, levando terror, medo e insegurança aos moradores. “A gente identifica essa interiorização do crime nos pequenos municípios”, disse Figueiró. Ele informou que dos 1.900 soldados da última formatura em abril, 1.800 foram para cidades do interior.

Em setembro, segundo ele, novos policiais vão completar o efetivo onde estiver faltando. “Talvez esse baixo efetivo nos municípios tenha levado os criminosos a enxergar nessas pequenas cidades a oportunidade para a prática de delitos”, afirmou Figueiró, que admite “certo desequilíbrio na articulação do efetivo”.

Mesmo com reforço do efetivo, não foi possível evitar, por exemplo, o ataque que resultou nas mortes de um militar e um vigilante, no mês passado, em Santa Margarida. Segundo o coronel, a quadrilha já tinha sido identificada pela Polícia Civil e durante um ano e meio o delegado tentou autorização judicial para fazer interceptação telefônica. O pedido foi negado três vezes pela Justiça. “Talvez, se a gente tivesse conseguido, teria prevenido aquele delito”, disse. O Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) vai apurar a denúncia.

Com informações do Jornal O Tempo

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