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Acusado de matar esposa e ocultar corpo é preso pela Polícia Civil

07/10/2017 - Atualizado em 09/10/2017 07h44

PEQUIÁ (ES) - A Polícia Civil prendeu na manhã deste sábado, 07/10, Paulo Lúcio de Souza, no distrito de Pequiá (ES). Após as investigações, policiais conseguiram apurar que o marido matou a esposa Adriana de Castro Pinheiro, 39 anos, em fevereiro de 2016.

Segundo o Delegado Regional de Manhuaçu, Dr. Carlos Roberto Souza, Paulo é acusado de feminicídio e ocultação de cadáver.  Ele matou mulher enforcada, ocultou seu corpo no córrego Sobradinho em Martins Soares (na divisa de Minas Gerais e Espírito Santo) e criou toda uma história que sugeria que a esposa tivesse suicidado.

A prisão preventiva foi realizada por uma equipe de investigadores da Polícia Civil de Manhumirim.

O delegado explica que Paulo matou sua esposa, ocultou o corpo, destruiu provas e tentou iludir as autoridades policiais e até mesmo a população. “Descontente com a separação do casal, agiu friamente, matando-a, ocultando seu corpo, e chegando a espalhar pela cidade folhetos dizendo que a buscava, pois teria desparecido. Toda a população local se alvoroçou e foi solidária. Ouvido, o indiciado confessou a autoria, porém o fez quando viu não existir jeito de ocultar a verdade. Tentou de todas as formas destruir provas, ocultar o corpo da vítima, corromper e intimidar testemunhas. O cinismo e frieza dele são singulares”, detalhou.

Dr. Carlos Roberto conta que Paulo afirmou ter participado das buscas organizadas pela população de Pequiá para localizar a vítima, mas fazia isso para desviar as buscas do local onde ocultou o corpo.

MORTA COM CACHECOL

O corpo de Adriana foi encontrado na tarde de segunda-feira, 15/02/16. A manicure estava desaparecida deste o dia 11/02, quando saiu de casa, em Pequiá, distrito de Iúna (ES).

Na época, o esposo da vítima relatou que no dia 12, Adriana pediu que ele a levasse para casa de sua mãe no córrego do Príncipe, por não estar se sentindo bem, estando depressiva há vários dias e com consulta já marcada para um psicólogo, pois Adriana falava em suicídio.

O marido explicou que resolveu dar carona para dois rapazes até o alto da serra, pois haviam deixado lá suas motocicletas por estarem com documentação atrasada. Ele disse que Adriana falou que não ia junto e que ficaria ali no asfalto esperando. Quando retornou, cerca de 10 minutos depois, não localizou mais a esposa.

O delegado conta que é justamente essa parte que a investigação mostrou que Paulo mentia. “Ao retornar, a mulher continuava esperando e foi o momento em que conversaram e ela anunciou que não queria mais viver com Paulo”, aponta.

Segundo o depoimento de Paulo, durante a discussão, Adriana mordeu seu dedo, porque ele tentou segurá-la para não sair do carro. Ele disse que saiu do carro atrás de Adriana, a puxou pelo pescoço utilizando um cachecol; deu um laço no pescoço dela, tendo apertado e a mulher já caiu sem vida, tendo este a arrastado até o local onde o corpo foi encontrado.

Sobre a razão de ter matado a esposa, Paulo afirmou que "não queria que ela fosse embora, que achava melhor ela estar morta do que fazer provocação", acrescentado que "se não quer ficar comigo, não vai viver com mais ninguém”.

Paulo Lúcio foi encaminhado para o presídio e encontra-se à disposição da Justiça. A ação foi realizada pelos Investigadores Kelly Lima Moura, Jorge Luiz Cordeiro de Oliveira,  Nat King Cole e Max Pedroso.

Carlos Henrique Cruz - Portal Caparaó - contato@portalcaparao.com.br

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