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Política

Prefeitura anuncia reajuste do funcionalismo em Manhuaçu

08/05/2007 - Atualizado em 12/05/2007 19h06

O prefeito Sergio Breder anunciou nesta terça-feira o projeto de recomposição salarial dos servidores de Manhuaçu. As categorias cujos salários estão achatados receberão o reajuste equivalente ao aumento do salário mínimo 8,57%. As demais categorias terão uma recomposição de 3%. A medida faz parte de um projeto de lei encaminhado para a Câmara de Vereadores elaborado depois de uma série de levantamentos sobre o impacto financeiro nos cofres municipais.

85% dos servidores municipais encontram-se na categoria dos salários achatados. Eles serão diretamente beneficiados com a recomposição, enquanto os servidores com ganhos um pouco melhores terão um reajuste superior a inflação no período dos últimos doze meses, que foi de 0,35%. “Eu sei que não é o ideal, mas a defasagem dos salários só poderá ser superada de forma gradativa. Desde o início do governo já garantimos 28% de recomposição para a maior parte dos servidores, mas o que os outros prefeitos (1997 a 2004) deixaram de fazer gerou um achatamento muito grande dos salários”, afirmou o prefeito.

Ao longo de seus dois mandatos, o prefeito Sergio Breder fez questão de garantir ao menos a recomposição das perdas da inflação. Em 1996 concedeu o reajuste superior ao da inflação 15%. Depois em 2005 e 2006 concedeu outros 28%, o dobro da inflação medida pelo IGPM – 16%.

Ele aponta que o problema foi nos oito anos que os servidores tiveram apenas 11% de reajuste enquanto a inflação foi de 93,25%. “No governo de Geraldo Perígolo e Cici Magalhães, os funcionários perderam 25% do poder aquisitivo e depois quando ficaram os quatro anos da administração de Mário Assad sem aumento algum perderam mais 56%”, explica.

RECUPERAÇÃO

Sergio Breder argumenta que a recuperação é gradativa. “Não temos como recompor toda esse perde em apenas um mandato. Acredito que do jeito que estamos fazendo e o próximo prefeito mantiver essa postura, em breve os servidores serão melhor remunerados”, afirmou. Para ele, se cada prefeito tivesse dado pelo menos 5% ao ano, o salário não estaria tão defasado.

Ele explicou que o aumento foi possibilitado nesses limites devido ao impacto financeiro na prefeitura. Mesmo com a decisão de adiar algumas obras para o próximo ano, a administração tem que respeitar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo o Secretário de Administração, Geraldo Dângelo, o impacto financeiro é de cerca de 100 mil reais ao mês. O limite de gastos com pessoal é de 51,31%. “Temos que analisar que o impacto é pequeno num mês, mas ao longo do ano ultrapassa 1,2 milhão de reais”, destacou.

Em 2005, a prefeitura fez uma recomposição de 5% para todos os servidores. No ano passado, a administração foi ao limite. O salário mínimo teve um aumento de 16,7% e foi concedido isso aos servidores enquadrados na primeira categoria. Nos segmentos de 2 a 7 das faixas salariais o aumento foi de 15% e do nível 8 em diante o reajuste foi de 8%. Neste governo também foram pagos os rateios do Fundef aos profissionais do Ensino Fundamental: 854 reais em 2005 e 114 reais em 2006.

MIGALHAS

Para o prefeito Sérgio Breder, o quadro de Manhuaçu ainda é tolerável. “Nós temos consciência da importância dos servidores e mantemos essa postura de valorizá-los. Mesmo fazendo obras e renovando a frota, o mais importante é o ser humano. Contudo, essa dificuldade toda é imposta pelas migalhas que o governo federal deixa para os Municípios”, alfinetou.

Ele criticou a demora do governo federal em definir o reajuste de 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que garantiria um acréscimo mensal de cerca de 50 mil reais mensais nos cofres da prefeitura.   Carlos Henrique Cruz - 08/05/07 - 17:59 

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