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Segurança

PM localiza em Timóteo carreta de Mutum tomada de assalto em Rio Casca

09/10/2018 - Atualizado em 11/10/2018 10h51

TIMÓTEO (MG) - Uma carreta com uma carga de queijo muçarela foi localizada em um galpão que fica à margem do Contorno Rodoviário da BR-381 no Vale do Aço, em Timóteo. O veículo de Mutum havia sido tomado em um assalto no fim da noite de quarta-feira (3/10), no trecho da BR-262 conhecido como Serra do Macuco, próximo a Rio Casca - São Domingos do Prata.

O condutor da carreta levada no roubo. J.S.C., de 35 anos, contou que foi abordado por um grupo que ele acredita ter seis pessoas. Para o ataque a quadrilha teria utilizado dois veículos. "Desses veículos eu só vi um, o Ford Ka. O resto acho que era uma caminhonete e os demais não vi, nem a cor. Três deles estavam armados. Eles foram diferenciados: não me agrediram com nada, me ofereceram abrigo, tranquilo, me passaram só paz, falando para eu cooperar que ia dar tudo certo, que só queriam a carga, o caminhão", disse o motorista J.S..

O carreteiro alegou que, após trafegarem por vários quilômetros, foi abandonado em meio a uma mata de eucaliptos, próximo a um dos trevos de Ipaba, à margem da BR-458. Segundo a vítima, esse é o segundo assalto sofrido ao longo do tempo em que atua na profissão de motorista. "Eu poderia te dizer que foi uma noite tensa, mas não foi. Graças a Deus eu tive calma, cooperei, na medida do possível, e eles foram bacanas comigo, na verdade, eles só queriam a carga", contou o motorista.

A vítima transportava a carga de muçarela, de Mutum com destino a Belo Horizonte. O motorista destacou que, apesar do risco de trabalhar à noite, ele tem família para cuidar. “Infelizmente, nas estradas, postos de abastecimento, polícia, ninguém está oferecendo segurança para nós. Ninguém está nos ajudando nas estradas, daí ficamos à mercê destes caras, tanto a noite quanto durante o dia, eles vão vir, buscar e levar".

Rastreadores

Assim que tomaram a carreta no assalto, os bandidos estouraram um rastreador, mas, nem eles e nem o motorista sabiam que havia outro equipamento que indicou à empresa de segurança a localização onde estavam, o veículo roubado e a carga. "Um deles até falou comigo: Você é motorista, eu sou ladrão, isso aqui é minha profissão. Então, se é a profissão dele, eu respeito. Teve ameaças, mas graças a Deus não me machucaram", concluiu o motorista.

Investigação

O delegado da Polícia Civil, Jorge Caldeira, disse que, normalmente, os criminosos abordam o motorista dos caminhões, tomam posse da carga, deixam em algum local por um tempo, a fim de não levantar suspeitas, para depois realizarem a retirada da carga, aos poucos, na medida em que repassam para receptadores. Geralmente, os caminhões não são retirados para não chamar atenção. "A Polícia Civil está trabalhando com o intuito de localizar tanto o proprietário do galpão, para saber como ocorreu o uso do imóvel, quanto os autores desta ação criminosa, que podem ter ligação com alguma quadrilha no Vale do Aço", acrescentou o policial.

Documentos, aparelho celular, cartões, capacete e roupas do motorista foram levados pelos assaltantes.

Qualquer informação que possa ajudar a polícia a elucidar este caso, pode ser repassada por meio do número 181.

Diário do Aço

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