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Profissionais participam do I Simpósio de Atendimento às pessoas com surdez

18/10/2018 - Atualizado em 19/10/2018 16h16

MANHUAÇU (MG) - A inclusão social referente ao atendimento aos portadores de necessidades especiais, nos serviços da área de saúde, estabelece-se como fator essencial de qualidade dos serviços prestados, enquanto que a falta de comunicação inviabiliza um atendimento humanizado. A comunicação com os surdos surge como um desafio aos profissionais que lhes prestam assistência à saúde.

Compreender o processo de inclusão social que é proposto hoje à sociedade exige conhecimento da história sobre como foram tratadas as pessoas com deficiências, explicitada em quatro momentos distintos, a saber: exclusão, segregação, integração e inclusão.

Com o foco nessa inclusão, a Facig realizou na noite desta quarta-feira, 17/10, o I Simpósio de Atendimento às pessoas com surdez, coordenado pelo Professor Fernando Portes, especialista em Educação Inclusiva e contou com a Participação do Professor Tales Douglas, da UFMG, formado em Letras, Ciências Contábeis e Docência e Gestão do Ensino Superior e Alexander Medeiros, formado em Educação Física e Instrutor de Libras pela UFV e um detalhe, ambos surdos.

Conviver no universo das pessoas com deficiência envolve uma mudança de paradigmas. Para os surdos, as mudanças acontecem quando são aceitos e respeitados em suas diferenças e contar com a presença de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), no atendimento aos surdos é exemplo de valorização das diversidades.

O valor fundamental da linguagem está na relação em que as pessoas se fazem entender umas às outras. Quando compartilha-se experiências de forma eficaz é possível reconhecer as percepções de dor ou prazer expressas pelo outro, por meio de aspectos verbais e não-verbais da comunicação

A linguagem é um instrumento de poder e aos surdos não pode ser negado o direito de usufruir os benefícios de uma língua, portanto, aceitar a diferença do surdo e conviver com a diversidade humana é um desafio proposto à sociedade, incluindo o adequado atendimento na área da saúde para os surdos, diante de suas necessidades.

Uma proposta de atendimento inclusivo na área da saúde envolve, portanto, um sistema que identifique-se com princípios humanistas e cujos profissionais tenham um perfil que seja compatível com esses princípios e responder às dificuldades dos surdos quando procuram atendimento à saúde é dever de todos profissionais comprometidos em colaborar na construção de uma sociedade inclusiva.

Redação

 

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