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Liberados recursos para a Bacia do Rio Doce

14/08/2007 - Atualizado em 15/08/2007 00h57

 

O governador Aécio Neves anunciou, em Aimorés, investimento de R$ 5,2 milhões do Governo de Minas, para revitalização da bacia hidrográfica do Rio Doce e de áreas de abrangência de Mata Atlântica no estado. Os recursos serão aplicados na elaboração do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e dos planos das bacias dos afluentes do rio em Minas. Os projetos serão realizados em parceria com o Governo do Espírito Santo e o Instituto Terra, associação civil fundada pelo fotógrafo Sebastião Salgado.

“Pela primeira vez na nossa história está existindo um trabalho planejado entre os governos do Espírito Santo e de Minas, com a participação do terceiro setor, que poderá permitir à toda a região da Bacia do Rio Doce, dentro de algum tempo, ter um projeto de desenvolvimento sustentável que garanta não só a essa, mas como as futuras gerações, um caminho de geração de renda e de emprego e, sobretudo, de prosperidade”, afirmou o governador.

Durante a solenidade, realizada na sede do Instituto Terra, localizada na fazenda Bulcão, em Aimorés, Aécio Neves assinou convênio com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e o diretor-presidente da Agência Nacional das Águas (ANA), José Machado, que permitirá a elaboração do plano diretor do Rio Doce. O rio corta os dois estados, numa extensão de 853 quilômetros, incluindo toda a Bacia do Rio Manhuaçu.

O governo mineiro investirá R$ 1,8 milhão via Fundo de Recuperação, Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (FHIDRO). O Governo do Espírito Santo participará com R$ 300 mil e a ANA com mais R$ 600 mil, num total de R$ 2,7 milhões. Previsto para ser concluído em dois anos, o plano diretor será utilizado para fazer o diagnóstico e o plano de ações para a proteção, a recuperação e a preservação dos mananciais.

PARCERIA

Aécio Neves destacou a importância da participação da sociedade junto à parceria acertada entre os dois estados e a ANA. Segundo ele, a participação principalmente dos produtores rurais das regiões situados ao longo da bacia será fundamental para resolver a situação de degradação da Bacia do Rio Doce. Com uma área de 83,4 mil metros quadrados, a bacia abrange 230 municípios (202 de Minas e 28 do Espírito Santo), onde vivem 3,5 milhões de pessoas.

“É preciso que os proprietários rurais, que buscam na terra o seu sustento, estejam, em primeiro lugar, convencidos da necessidade de preservar ali as suas nascentes, seus mananciais. Ao mesmo tempo, o Estado tem o dever de criar as condições para que as suas atividades sejam também sustentáveis. Portanto, o esforço é esse de agregar a comunidade produtiva de toda a região, a partir das vias definidas de todo o plano diretor”, disse.

RECUPERAÇÃO FLORESTAL

O governador também autorizou o investimento de R$ 1,1 milhão, por meio de convênio entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, IEF e Instituto Terra, no Projeto Piloto de Recuperação Florestal de Áreas Degradadas da Região do Médio Rio Doce, desenvolvido desde 2004, em parceria com a instituição japonesa Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO). O projeto contará ainda com investimento de R$ 272 mil do Instituto Terra.

Desde o lançamento do projeto, em 2005, já foram investidos R$ 1,5 milhão na produção 230 mil mudas de espécies nativas, em viveiros do IEF na região do médio Rio Doce. A meta para 2007 é a produção de 100 mil mudas. Oito municípios são contemplados (Aimorés, Divino das Laranjeiras, Governador Valadares, Alpercatas, Mutum, Resplendor, São Geraldo do Baixio e Taparuba), beneficiando 200 famílias.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O governador ressaltou a importância do desenvolvimento econômico sustentável com a preservação ambiental. Segundo ele, a parceria realizada na recuperação da bacia do Rio Doce poderá servir de exemplo para todo o país.

“Nós temos que superar definitivamente aquela máxima de que o desenvolvimento de um lado se opunha à preservação ambiental. Temos de construir, na verdade, a cultura da complementaridade. O desenvolvimento econômico é importante, gera renda e desenvolvimento para as famílias, mas pode ser feito com melhores resultados, se respeitada a questão ambiental porque aí será perene e definitivo. O modelo da bacia do Rio Doce com essas parcerias é algo que vai irradiar-se por outras regiões do nosso estado e eu tenho certeza também por todo Brasil”, disse.

Agência Minas - 14/08/07 - 08:01 - portalcaparao@gmail.com 

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