São apenas cinco quilômetros que separam as duas cidades, mas o pequeno trecho já acumula pelo menos quatro locais de risco para motoristas. Há quinze dias, um acidente à noite durante a chuva num dos pontos da estrada chama a atenção para a depressão na pista e a falta de escoamento. Alguns motoristas apontam o local como muito perigoso em dias chuvosos.
“A pista está cada dia pior. Com a chegada das chuvas, nota-se um escorregamento de toda a área com muitas trincas. A pista está afundando e ficando toda ondulada”, alerta o vereador com relação ao km 33, próximo entrada da Usina de Lixo de Manhuaçu.
EROSÃO
O vereador explica que encaminhou ofício ao DNIT alertando para o agravamento do problema e pedindo providências urgentes para o trecho.
Segundo Toninho Gama, não é necessário ser engenheiro para ver que o quadro é preocupante. “Quem passa pela estrada não tem noção de como esse problema está grave. No trecho de Manhuaçu, a terra deslizou e já está tirando toda a sustentação da estrada. Isso é um aterro e agora só existe uma faixa de um metro entre a pista e um precipício que se formou com a erosão”, alerta.
No outro local, uma curva, as manilhas da rede pluvial desceram junto com o barranco. “A enxurrada está levando toda a encosta. Quem chega na beira do buraco nota que ele já está se aprofundando para debaixo da pista. Já tem lugar que o asfalto está no ar”.
MOVIMENTO
O turismo para o Espírito Santo e o abastecimento das cidades entre a região de Reduto, Martins Soares, Manhumirim e Manhuaçu, se qualquer um dos dois pontos cair, fica impedido.
Ele lembra que se a estrada romper-se, o acesso às praias capixabas ganharia mais 180 quilômetros. O trajeto só pode ser feito por Carangola e Manhumirim. “Isso aumentaria o gasto dos motoristas e a demora da viagem”, argumenta.
Toninho Gama explica que passou todo o período de estiagem sem que o DNIT fizesse uma obra definitiva nos dois locais. “É preciso uma intervenção rápida. Além da estrada, se algo pior acontecer, existem propriedades que serão afetadas”, alerta.
O problema foi denunciando pela primeira vez, no jornal Tribuna do Leste, em 16 de dezembro de 2006.
Carlos Henrique Cruz - 08:00 - 12/11/07 - portalcaparao@gmail.com