A Patrulha Rural da Polícia Militar de Realeza encontrou, na manhã de domingo, praticamente toda a carga de um caminhão da Ricardo Eletro. O material estava escondido num paiol numa propriedade às margens da BR-116, no povoado de Vila de Fátima. Há mais de dez geladeiras, 26 televisores e dezenas de eletro-eletrônicos, móveis e colchões.
Segundo o Sargento Gonçalves, houve uma denúncia de que um caminhão parou nas proximidades do galpão e descarregou vários produtos. “Nós fizemos uma campana para ver se descobríamos alguma pessoa no local, mas quando amanheceu decidimos entrar. O local estava fechado e cheio de geladeiras, televisores, eletroeletrônicos e móveis novos”, afirma o militar.
A Polícia Militar fez contato com a empresa e acionou a seguradora. A carga estava num caminhão que partiu de Belo Horizonte e ia para Teófilo Otoni. O veículo foi tomado de assalto em Nova Era (Vale do Aço).
CAIXAS VAZIAS
O levantamento apontou pelo menos 26 televisores de modelos diversos, mais de uma dezena de geladeiras e freezers, microondas, lavadoras, condicionadores de ar, aparelhos de dvd, microsystens, equipamentos de som, mesas com cadeiras, guarda-roupas e racks. “Nós encontramos algumas caixas vazias e não temos certeza da quantidade, mas eram objetos menores como celulares e máquinas fotográficas digitais”, afirmou o militar que coordenou a equipe composta pelos cabos Brum e Pereira e pelo Sargento Gomes.
O valor total da carga não foi divulgado, mas o militar confirmou que eram produtos novos para a loja de Teófilo Otoni e que tinham um valor considerável.
Os militares chegaram até o paiol através de uma denúncia anônima. Quem passa pela rodovia não consegue ver o local em que estavam os materiais, já que existe uma casa antes e o galpão de alvenaria é muito bem fechado. “Fica atrás do antigo posto São Raimundo e as pessoas passam aqui sem ligar para esse trecho. Se não fosse a denúncia, nunca iríamos descobrir”, afirmou.
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As marcas de pneus mostram que carga foi retirada de um caminhão trucado rapidamente. Os policiais questionaram o dono do galpão, Olinto Batista da Silva, 65, ele nega qualquer envolvimento e diz que apenas cedeu o lugar para algumas pessoas que pediram para guardar uns materiais. Ele falou que não conhece as pessoas e que eles chegaram à borracharia pedindo para guardar, porque o caminhão apresentava defeito.
Ele foi conduzido para a delegacia acusado de envolvimento na guarda da carga roubada. “Estamos apurando ainda quem são os indivíduos que roubaram o caminhão, mas já sabemos que essa carga seria vendida aqui na região”, afirmou o militar. Carlos Henrique Cruz - 23:32 - portalcaparao@gmail.com - 02/12/07