A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta quarta-feira (19) as investigações sobre a morte do líder do Movimento dos Sem Terra (MST), João Alves de Calazans, atingido com um tiro na nuca. O crime aconteceu no último dia 11, no assentamento Chico Mendes II, no distrito de Pingo D´Água, zona rural de Caratinga, Leste do Estado. Os suspeitos Paulo Firmino, o "Paulinho", e Isaías de Andrade Silva tiveram prisão temporária decretada e estão recolhidos desde o dia 13 na Cadeia Pública de Caratinga.
De acordo com a Polícia Civil, Calazans teria ameaçado expulsar Paulo Firmino do assentamento, pois não aceitava a negociação de um lote entre ele e outro assentado, o que é proibido pelo Incra. Já Isaías, também teria se desentendido com o líder do assentamento, que o repreendeu por praticar furtos na região. As investigações apontam que Isaías vendeu a arma usada no crime a Paulo Firmino. Calazans foi morto no dia em que retornou à cidade depois de uma visita à sede do Incra, em Belo Horizonte.
O delegado Rodrigo Fragas, da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCCV), vai agora pedir a prisão preventiva dos suspeitos, já indiciados por crime de homicídio. As investigações foram conduzidas pela unidade especializada e agentes da Delegacia Regional de Caratinga. A ação contou com apoio de soldados da 74ª Cia de Polícia Militar.
20/12/07 - 07:45 - portalcaparao@gmail.com