Relatório da Comissão da Câmara foi encaminhado ao MP

MANHUAÇU (MG) - O vereador Fernando Lacerda informou que o relatório apresentado pela Comissão Especial Mista para apurar possíveis irregularidades na gestão municipal de Manhuaçu foi encaminhado ao Ministério Público.

Relator da comissão, Fernando fez questão de pontuar as três situações apuradas durante os depoimentos e levantamentos feitos nos últimos três meses. Para ele, não se trata de perseguição política, como algumas pessoas quiseram dar a entender.

Fernando Lacerda afirmou que, quando receberam o ofício de requisição do Ministério Público para apurar contratos feitos pela Administração, a comissão iniciou os levantamentos sobre contratações irregulares e avançou mais nas investigações, deparando com outras situações que foram relatadas no documento final da comissão.

“Foram três situações que entendemos que houve irregularidades por parte do prefeito e da secretaria de educação. A primeira foi a contratação irregular em janeiro, ou seja, contrataram servidores no mês de janeiro sem autorização legislativa. O segundo ponto foi o pagamento de diária à secretaria de educação, sendo que havia uma informação da prefeitura de que ela estava exonerada do cargo no dia 14 de janeiro e ela recebeu diária dos cofres públicos no dia 18 de fevereiro. O terceiro ponto é a inscrição da secretaria de educação e do filho dela, que nem é servidor do município, para fazer um curso de pós-graduação em gestão escolar, sendo que é um curso exclusivo para os servidores efetivos da Prefeitura de Manhuaçu”, destacou Fernando Lacerda.

O relatório já foi encaminhado ao Ministério Público que poderá tomar as providências que achar convenientes com relação às irregularidades.

Fernando Lacerda afirmou também que tudo o que foi levantado consta do procedimento com mais de 400 páginas. “Não foi teoria. Apresentamos o relatório com base em documentos que nos foram apresentados, depoimentos e muitos dados que foram buscados no portal da transparência da Prefeitura de Manhuaçu. Em que pese algumas pessoas acharem que é perseguição política. Eu, como relator, estou com minha consciência tranquila. Quem pegar o relatório e verificar, vai encontrar os depoimentos e documentos. Tudo está fundamentado. Todo cidadão tem o direito de conhecer esses documentos e conferir o que foi apurado”.

Carlos Henrique Cruz - portalcaparao@gmail.com