BARBACENA (MG) - Os acadêmicos do 5º Período do curso de Enfermagem da Faculdade do Futuro, acompanhados da professora Lidia Marcia, que ministra a disciplina de ações de enfermagem em saúde mental, estiveram visitando o Museu da Loucura, em Barbacena.
O espaço é um local que guarda as marcas de um passado triste, angustiante da história psiquiátrica brasileira. Por muitos anos, Barbacena foi conhecida como a "cidade dos loucos", por se tornar referencia no "tratamento" dos que eram tidos como "loucos". Na realidade, os sanatórios de lá se resumiam em acolher sem as mínimas condições básicas de atendimento pessoas encaminhadas de todo o país.
A parte obscura dessa história ficou para trás e trouxe alívio especialmente os doentes e seus familiares. Contudo, como forma de mostrar as atrocidades que aconteciam na cidade, atualmente funciona naquele espaço de morte e sofrimentos diário: o Museu da Loucura, com alguns pertences de pacientes e também instrumentos da própria instituição de atendimento, residências terapêuticas e hospital.
De acordo com a professora, a visita é importante para uma comparação entre o atendimento que é prestado atualmente. Hoje, o foco é promover a vida e não deixar as pessoas esperando a morte, como acontecia em Barbacena.
“Esta foi a impressão deixada para o grupo. Foi importante que visitamos a cidade no Dia Nacional da Luta Antimanicomial e participamos de atividades sobre o trabalho atual. Na praça do Rosário, bem no centro da cidade, foi montado um grande palco com apresentações artísticas diversas, música, dança, artesanato, pintura e muita alegria com foco nos novos tratamentos que são oferecidos”, destacou.
O lema da reforma psiquiátrica é "Por uma sociedade sem manicômios". O movimento tem lutado para mostrar que os portadores de sofrimento psíquico sempre existiram e existirão, mas são cidadãos que merecem respeito e ter sua dignidade preservada como quaisquer outros.
Carlos Henrique Cruz - portalcaparao@gmail.com