MANHUAÇU (MG) - Quem passa sobre a ponte que liga a Avenida Melo Viana ao Bairro Engenho da Serra, nem imagina o que acontece durante a noite debaixo da estrutura, que oferece abrigo para um casal há quase um ano.
Os moradores das adjacências não estão suportando a presença constante de usuários de drogas, que ficam permanentemente no local, outros que vão ao encontro das pessoas que ficam no “ponto x”, para comprar o produto e ainda consomem nas proximidades.
De um lado do rio, paralelo a estrutura de cimento, vive um casal com o mínimo de conforto, sem nenhuma expectativa de vida. De acordo com moradores, torna-se impossível ter um sono tranqüilo, pois o barulho de som, conversas, gritos, soco na porta das casas acabam tirando o sono e, ainda tentam praticar furto nas residências e dos transeuntes.
Um morador, que pediu para não ter o nome revelado disse que fica complexado e não consegue sair de casa, com medo daqueles que ficam usando droga nas proximidades e arrombarem sua casa. “Por diversas vezes, já teve situação assim. Para evitar que o pior aconteça, prefiro prevenir. É preciso que a Justiça, a polícia entre em ação contra essas pessoas. Vizinhos já foram vítimas de arrombamento e furto aqui. Carros com freqüência param aqui, para adquirir drogas”, desabafa o morador.
Disse ainda que, devido à situação que se agrava elaborou um abaixo assinado e encaminhou ao Juizado Especial, Delegacia de Polícia e até agora ninguém fez nada. Indignado com a lentidão das autoridades para darem uma resposta, o morador diz que considera um abuso, uma vez que a coisa acontece todos os dias e muitas famílias são prejudicadas. Segundo ele, a presença de estranhos debaixo ou lado da ponte, impossibilita que passageiros fiquem no ponto aguardando o coletivo. “Às vezes, eles abordam e tentam furtar os pertences, principalmente das mulheres”,conta.
Como medida de proteção, o morador fez uma cerca a fim de evitar a invasão, mas mesmo assim já teve a casa visitada pelos freqüentadores da ponte, que deixam os moradores em total desespero.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com