BELO HORIZONTE (MG) - A Assembleia Legislativa de Minas Gerais foi o espaço para uma ampla discussão na semana passada para a realização da 3ª Conferência Estadual de Cultura com o tema “uma política de Estado para a cultura: desafios do Sistema Nacional de Cultura”, que agora terá a sequência da discussão entre os dias 26 a 29 de novembro, em Brasília.
A Conferência de Cultura foi realizada pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, em parceria com o Legislativo mineiro, Sistema Nacional de Cultura e Ministério da Cultura. Muitas propostas foram aprovadas para viabilizar recursos, incentivos, questões como inclusão de novos aspectos culturais no censo nacional do IBGE e aprovação, junto às instituições de participação popular, de cronograma físico–financeiro de execução das metas do Plano Nacional de Cultura até 2020.
A diretora municipal de cultura de Manhuaçu, Marisa Helena explica que após a Conferência Municipal de Cultura, em que várias propostas foram levantadas e apontadas as prioritárias, os delegados eleitos passaram a trabalhar a ideia, de como seria defendida as propostas em Belo Horizonte.
Propostas de fortalecimento da cultura, projeto de valorização e diversidade cultural para os municípios e, tantas outras foram debatidas. “Muitas propostas elaboradas e, para o município de Manhuaçu ter representante da sociedade civil e do Poder Público foi muito importante. Fabrício Santos e o vereador Cb. Anísio estão responsáveis, a defender as propostas que foram consideradas mais relevantes para serem levadas a nível nacional”, ressalta Marisa Helena.
O vereador Cb. Anísio ficou como terceiro suplente, avalia que será um desafio entre os dias 26 a 29 de novembro, durante a Conferência Nacional de Cultura. Anísio frisa também que, da região Zona da Mata o município de Manhuaçu teve o reconhecimento pelo trabalho e, agora na vanguarda em defesa da cultura. “Os municípios maiores tentaram articular para desbancar os municípios menores, a fim de não deixarem participar de uma conferência como essa. Agora, a nossa proposta é levar para Brasília as propostas e, lutarmos para que a nossa região seja beneficiada”, afirma o vereador Cb.Anísio.
O delegado escolhido para a Conferência Nacional pela Academia de Ciências, Letras e Artes de Minas Gerais- ACLA-MG-, Fabrício Santos, que estará representando a sociedade civil comenta que o evento foi marcante para a cultura e, que agora estará se preparando para defender as ideias, dentro do que foi analisado no Sistema Nacional de Cultura e a adequação dos municípios e Estados brasileiros.
Segundo ele, a experiência foi fundamental para disputar a vaga, já que outros municípios estavam travando uma disputa acirrada para conquistar uma das duas vagas disponíveis para a macrorregião. Fabrício Santos diz que Juiz de Fora e Cataguases fizeram toda a jogada, para que o município de Manhuaçu ficasse de fora.
O delegado Fabrício Santos, diz que defendeu a ideia de propostas da garantia da acessibilidade aos portadores de necessidades especiais em equipamentos culturais. Essa proposta ganhou uma emenda pedindo a instalação , sobretudo, de recursos de tecnologia assistida, como audiodescrições e closed caption.
Também é sugerida a criação de um mecanismo de financiamento às iniciativas de cadastramento e formação de redes culturais, assim como o investimento na difusão da produção cultural, com fortalecimento de pontos de cultura já existentes e,estímulo para a criação de outros.
Fabrício Santos destaca que uma das propostas, que previa a criação de mais cursos de graduação nas áreas de arte, cultura e gestão cultural , ganhou uma emenda que solicita também a abertura de cursos técnicos , de pós-graduação e de mestrado nessas áreas."Em Brasília estarei defendendo juntamente com os demais delegados, as propostas do Estado e não somente de Manhuaçu. Queremos que o trabalho surta resultado positivo, mesmo com a diversidade de pensamentos entre os delegados participantes", cita Fabrício Santos.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com