CARATINGA (MG) - Moradores do bairro Anápolis, em Caratinga, chegaram a organizar um chá de bebê, fizeram campanha e se mobilizaram em prol de ajudar a suposta gravidez de Gilza Elayne, carioca, que há oito anos reside em Caratinga. Segundo apurado, a criança teria nascido com apenas cinco meses de vida no dia 22 de fevereiro, em Ipatinga, no Hospital Márcio Cunha. Desde então estaria internada devido à má formação dos rins.
Um convite com a foto de um bebê foi utilizado pela mãe da criança para o chá de bebê, só que, após uma pesquisa na internet, levantou-se a suspeita quanto à veracidade das informações. A foto do bebê utilizada no convite é a mesma postada na internet em um site de notícias e entretenimento com uma reportagem intitulada de “pequenos guerreiros, a história de irmãos gêmeos que nasceram pesando juntos um quilo e meio”.
Gilza afirma que teve uma menina e deu o nome de Eyshila Victória. A foto que circula na internet é de um menino. Diante da polêmica e o desencontro de informações, os moradores chegaram à conclusão que foram enganados.
A moradora Geovana Toneli Fernandes não se conforma com o fato. A manicure chegou a interromper o trabalho para ajudar numa campanha em prol da criança.
Desde o mês de fevereiro a suposta mãe teria apresentado duas fotos do bebê, conforme os moradores, falsas. Uma segunda foto seria de uma criança resgatada na tubulação de um esgoto na China. Ontem à noite eles chegaram a ligar para Gilza na tentativa de esclarecer o caso.
Na manhã de quarta-feira (09/10), Gilza conversou com a reportagem da TV Super Canal. Ela preferiu não gravar entrevista e não quis ser filmada. Os dados repassados pela suposta mãe são de que a criança estaria internada em uma clínica renal, no bairro Ideal, em Ipatinga. Durante a checagem da informação, a tal clínica citada não existe.
A informação sobre o nascimento da criança também foi apurada pelo jornalismo. Atendendo a nossa solicitação, a assessoria de comunicação do Hospital Márcio Cunha informou que não há registro de entrada e/ou tratamento da mãe e da criança na unidade de saúde.
Outro dado repassado por Gilza refere-se ao deslocamento até a cidade através de um veículo da Prefeitura para visitar a criança. Após checagem, de acordo com a Secretaria Municipal de saúde, ela não está cadastrada no TFD, Tratamento Fora de Domicílio e, portanto, não utiliza o transporte público para este fim.
Gylza informou que procuraria um advogado para se defender das acusações levantadas pelos moradores. Enquanto isso a comunidade se sente lesada e frustrada com o caso.
TV Super Canal - Caratinga