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Segurança

Polícia apura morte de moradora de Lajinha no bairro Petrina

29/03/2007 - Atualizado em 31/03/2007 10h27
A Polícia Civil de Manhuaçu ainda apura as circunstâncias da morte da jovem Raquel Cristina Cândida Vale. Ela se desentendeu com o namorado Natanael Aloízio da Silva e acabou tirando a própria vida, segundo o que consta no registro policial. Em Lajinha, terra natal da jovem, o fato continua repercutindo e a versão de suicídio é questionada.   Apesar da perícia e da necropsia constatarem um quadro de suicídio por asfixia, o delegado Antônio Eduardo Luciano ainda mantém o rapaz preso na cadeia pública de Manhuaçu à disposição da Justiça. Ontem, foram colhidos os depoimentos da mãe e de um irmão de Natanael, que estavam na casa, na noite de sexta-feira, no bairro Petrina.

A moradora de Lajinha estava na casa do namorado e acabou brigando com ele. O rapaz, de 21 anos, disse que foram para a casa e começaram a discutir.

Ele contou para a polícia que o motivo da discussão seria o desejo da namorada de que ele a levasse para casa, em Lajinha. O rapaz contou que negou porque estava de moto e já era muito tarde.

CÁRCERE PRIVADO

Segundo o delegado Getúlio Lacerda, Natanael ficou preso por ter sido configurado um quadro de cárcere privado. “Nós temos dado atenção especial para crimes contra a vida. Ele alegou aqui que ela suicidou, mas de qualquer forma temos um histórico de cárcere privado, já que ele a trancou no quarto e impediu de ir embora”, conta o delegado.

O Código Penal considera como um dos agravantes nos casos de cárcere a existência de relacionamento entre os envolvidos. A pena é de 2 a 5 anos.

O rapaz teve uma lesão no braço direito provocada por uma mordida da namorada durante a discussão. “Estamos apurando as circunstância dessa lesão. Afinal, tem duas hipóteses: ou ela o agrediu ou estava tentando se defender dele”, argumenta o delegado.

REVOLTA

Em Lajinha, a manifestação de amigos e colegas de Raquel é de indignação. Eles questionam a versão de suicídio e dizem que não compreende como alguém, que tinha um relacionamento, “friamente ligou para a família avisou da morte e ainda teve coragem de levá-la ao hospital alegando suicídio”. Ela foi sepultada no dia seguinte em sua terra natal.

“Nos estamos revoltados com esse absurdo”, declara um leitor do Portal Caparaó em e-mail enviado para o site.

Carlos Henrique Cruz - 29/03/07 - 16:08 

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