LAJE DO MURIAÉ (MG) - O Facebook que serviu para abrir portas também foi o mesmo que serviu para desmascarar um falso padre que estava num paróquia em Laje do Muriaé, nesta Semana Santa. Ele acabou preso e vai responder por falsidade ideológica.
Segundo Padre Ramiro, responsável pela comunidade de Laje do Muriaé, conheceu o “Padre” Wesley pela internet, assim como faz com vários outros padres de diversas partes do Brasil pelo Facebook.
Nestas conversas, o falso padre dizia que era Capelão do Exército em Curitiba/PR e postava várias fotos suas celebrando missas em várias paróquias, inclusive ao lado do Arcebispo de São Paulo.
Depois de algum tempo conversando pelo Facebook, o falso padre Wesley, disse que teria uns dias de folga e perguntou se poderia ir conhecer a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade. Padre Ramiro, por uma questão de educação e fraternidade, acolheu o homem que ele acreditava ser padre.
Chegando a Laje do Muriaé, o falso padre manifestou o desejo de ajudar ao padre Ramiro. O sacerdote fez questão de dizer que era novo na paróquia e que não poderia permitir que Wesley celebrasse as missas sozinho, contudo admitiu que ele poderia co-celebrar.
FARSA DESCOBERTA
Com a chegada da Semana Santa, um padre de Porciúncula (RJ) pediu que o “Padre Wesley” fosse auxiliá-lo nas celebrações naquela cidade. Foi aí que a farsa foi descoberta.
Uma paroquiana de Porciúncula fotografou o falso padre, postou na internet e um padre da cidade de São Paulo, que sabia que Wesley já havia feito isto também por lá, o denunciou.
Com a história descoberta, o Padre Ramiro comunicou a polícia. O falso padre foi preso assim que voltou a Laje do Muriaé. Na delegacia, foi autuado por falsidade ideológica. Wesley Ricardo da Costa tinha uma carteira falsa de Padre com o nome de Padre Ricardo Nassif. Ele foi liberado após prestar depoimento e irá responder ao processo.
O falso padre alegou que aplica este golpe porque não tem emprego e faz isto para ter comida, abrigo e algum dinheiro. Ele admitiu que vai de diocese em diocese aplicando o golpe.
O falsário conhece a liturgia católica e seus ritos, pois cursou Seminário Católico por quatro anos, na realidade foi expulso por problemas disciplinares.
Interligado Online / Blog do Adilson Ribeiro e Blog Laje do Muriaé