O juiz Walteir José da Silva e a promotora de Justiça Geannini Maelli Mota Miranda, da Vara Criminal de Manhuaçu, acompanhados da vereadora Maria Imaculada Dutra, presidente da Câmara, inspecionaram nesta quarta-feira a cadeia pública de Manhuaçu para verificar as condições de funcionamento da unidade. A diligência é para subsidiar o grupo que vai a Belo Horizonte nesta quinta-feira e vai mostrar que não existem mais condições de funcionamento no local pela superlotação de presos.
Para permitir a avaliação do local, policiais civis e militares coordenaram uma busca minuciosa na cadeia. O delegado Getúlio Vargas Lacerda e o Capitão Luciano Reis estiveram à frente das ações. A conclusão foi simples: a cadeia está com as instalações elétricas e sanitárias totalmente prejudicadas, oferecendo inclusive risco de incêndio e disseminação de doenças.
Abrigando atualmente certa de 115 presos, sendo construída para apenas 50, os detentos estão amontoados em celas apertadas e com uma série de precariedades. Com um mau cheiro insuportável, sem energia elétrica nos corredores e abarrotada de presos, a cadeia se torna um ambiente mais sombrio e propenso a novas rebeliões e tentativas de fuga.
A promotora Geaninni Maeli Miranda ouviu um por um os detentos para saber as reivindicações e queixas de cada um. A maioria solicitou revisão ou informações de seus processos.
Após a inspeção, a comitiva vai a Belo Horizonte para reunir-se com o Secretário de Defesa Social Maurício Campos Júnior e apresentar as necessidades de reformas e até de uma nova estrutura prisional.
Carlos Henrique Cruz - 13/02/08 - 14:45 - portalcaparao@gmail.com
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