A manhã de terça-feira começou com mais arrombamentos no Centro da cidade de Manhuaçu. O mesmo menor de 15 anos que arrombou as bancas de revistas foi apreendido pela Polícia Militar. Ele é acusado de furtar novamente na banca próxima ao Bandeirante, invadir um escritório no térreo do edifício Expansão Cultural e ainda tentar arrombar a banca em frente ao Fórum Desembargador Alonso Starling.
Policiais militares passavam no Centro quando avistaram o garoto em atitude suspeita do lado da banca do Fórum. Ao abordarem o menor e verificarem a banca, encontraram um dos vidros de 10 milímetros de espessura quebrados. É o mesmo modo de agir das outras duas vezes que as bancas foram arrombadas em janeiro e na semana passada.
Ao ser chamado até o local da ocorrência, o empresário Renato Cezar Von Randow teve mais uma surpresa. Apesar de não ter entrado na banca do Fórum, quando o comerciante foi até o outro estabelecimento encontrou outro vidro quebrado e tudo revirado.
“Levaram pouco dinheiro dessa vez. Foram cerca de 100 reais em moedas que eu deixo de troco. Desde o primeiro furto, eu passei a levar cartões de telefone, dinheiro e outros documentos para casa. Agora vou ter que colocar chapas de aço em todas as laterais das bancas. Não vai ficar bonito, mas eu não agüento mais”, desabafou.
Enquanto a polícia registrava os dois problemas nas bancas de revistas, outro local. A sede da MN4 Marketing e Negócios, atrás do Banco Mercantil do Brasil, no Edifício Expansão Cultural, também foi arrombada.
Num espaço de pouco mais de 20 centímetros de altura, acredita-se que o mesmo menor, com ajuda de alguém, entrou no escritório e revirou todos os móveis, armários e gavetas. Segundo o empresário Moreira Lopes, foram muitos danos e bagunça, mas não tinha o costume de deixar valores no estabelecimento.
PROVIDÊNCIAS
Renato Cezar Von Randow voltou a clamar por providências. Ele argumentou que não é possível esses menores continuarem desafiando a Justiça e os órgãos de assistência a juventude. “A lei protege os menores infratores, mas existem caminhos para corrigir esses menores na própria lei. É preciso que se faça algo mais. Não adianta ficar apreendendo e depois soltando. Como empresário, eu fico desapontado por trabalhar em uma cidade que não tem lei para menores”, afirmou. Carlos Henrique Cruz - 26/02/08 - 08:53 - portalcaparao@gmail.com