O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu retornar o Prefeito Carlos Henrique Hott, Iki Hott, ao cargo em Reduto. Ele foi afastado através de decisão da Justiça da comarca de Manhuaçu por suspeita de improbidade administrativa. O vice Nalim Gabriel ocupa a função há sete dias. A "posse" de Iki Hott no cargo novamente deve ocorrer nesta quarta-feira pela manhã.
A decisão liminar no Agravo de Instrumento apresentado pelo advogado do prefeito, Dr. Mauro Bomfim, ainda não foi divulgada em Manhuaçu. Iki Hott vinha acompanhando o caso em Belo Horizonte e foi comunicado tão logo foi publicada a decisão numa das câmaras do TJMG.
Basicamente, a liminar que retorna com Iki Hott ao cargo considera que para afastar do cargo prefeito eleito pela vontade popular é necessária uma análise aprofundada de provas e indícios que comprovem sua participação em atos ilícitos.
A reintegração do prefeito ao cargo deve acontecer somente nesta quarta-feira, principalmente por que ele ainda está em Belo Horizonte. Como a decisão deve ser encaminhada durante a noite para o Fórum de Manhuaçu, somente no decorrer do dia que ele assumirá o cargo novamente.
Apesar do afastamento, o vice Nalim Gabriel não promoveu mudanças significativas na gestão da prefeitura. Ele deu continuidade a obras e determinou a manutenção dos serviços essenciais.
AFASTAMENTO
O promotor Sérgio Rodrigues de Faria argumentou que a permanência do chefe do executivo no cargo poderia gerar mais prejuízos ao município e ainda atrapalhar a apuração das denúncias. Com base nesses argumentos, a Juíza Renata Bomfim Pacheco afastou o prefeito na quarta-feira, através de liminar em Ação Civil Pública.
O promotor argumentou que o prefeito na atual gestão e no período de 2001 a 2004 (primeiro mandato) vinha adquirindo combustíveis, lubrificantes, aditivos e derivados de petróleo sem o devido processo licitatório e em valores abusivos. Além disso, uma das sócias do posto, Paula Cristina Hott, é sobrinha de Iki.
Outro ponto citado é que as despesas foram realizadas com inexigibilidade de licitação, apesar da não existência de hipótese legal para tanto.
O promotor argumentou que a Prefeitura firmou contrato com José Paulo Hott para que fosse instalado em sua propriedade uma represa de captação de água para abastecer a população da cidade em troca do pagamento das contas de energia elétrica da Fazenda Ouro Verde e da Fadileste, que pertencem ao empresário e advogado irmão do prefeito.
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Carlos Henrique Cruz - 26/02/08 - 18:34 - portalcaparao@gmail.com