Iki Hott volta à prefeitura de Reduto nos braços do povo

A noite desta quarta-feira levou grande movimento às ruas do centro de Reduto, no entorno da Câmara Municipal. Na realidade a população foi às portas da Câmara, para assistir ao retorno do Prefeito Iki Hott, que cumpre o segundo mandato em Reduto e foi afastado do cargo depois que a Juíza Renata Bomfim Pacheco concedeu liminar numa Ação Civil Pública apresentada pelo Promotor Sérgio Rodrigues de Faria.

Ele foi denunciado por causa da compra de combustíveis no posto de propriedade da sobrinha dele e do pagamento de contas de energia elétrica da Fadileste e da Fazenda Ouro Verde, do irmão dele, em troca do direito de uso da água da propriedade para abastecer a população.

Depois de uma semana, aconteceu o que todos esperavam. A 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinou sua reintegração à Prefeitura Municipal, em pleno gozo do seu mandato de prefeito. Pouco antes do início da sessão, Iki Hott foi comunicado da decisão através de dois Oficiais de Justiça. Acompanhado do vice-prefeito Nalim Gabriel, ele foi até a sede do Legislativo e chegou nos braços do povo para a reintegração no cargo.

POSSE

Na cerimônia rápida, o presidente Eduardo Romeiro fez todo o processo de leitura da decisão e empossou novamente o prefeito.

A decisão do desembargador Edgard Penna Amorim é clara ao afirmar que: “Embora se possa antever a gravidade das acusações (…) não há indícios nos autos (…) de que o prefeito esteja embaraçando a instrução probatória ou se venha utilizando de expedientes para frustrar a apuração das irregularidades citadas pelo promotor”.

Com um mandato que foi referendado pela população, o desembargador argumenta que o perigo do afastamento do cargo, considerado por ele uma medida muito drástica, gera prejuízos caso seja comprovada a inocência dele. “São evidentes os prejuízos que a manutenção do afastamento poderá causar a Carlos Henrique Hott, impedindo-o de continuar exercendo o cargo de Prefeito de Reduto, para o qual fora eleito pela vontade popular manifestada nas urnas municipais”.