MANHUAÇU (MG) - Com uma maciça participação de produtores, estudantes, técnicos e engenheiros agrônomos, a Associação Comercial de Manhuaçu (ACIAM) encerrou nesta sexta-feira, 20/03, o 19º Simpósio de Cafeicultura das Matas de Minas.
Oriundos das mais diversas cidades da região das Matas de Minas e do Espírito Santo, os produtores tiveram a oportunidade de assistir a palestras, debates e exposições de máquinas e produtos para cafeicultura, em Manhuaçu, e visitar o Centro Experimental de Café, em Martins Soares, durante um dia de campo.
Pela primeira vez, o evento teve três dias somente dedicados a palestras. Na primeira parte, o foco foi o mercado e as tendências de preço e negociação do café. Durante a tarde, as exposições abordaram temas como cooperativismo e desenvolvimento da propriedade.
O segundo dia teve um grande encontro de mulheres produtoras de café e uma tarde voltada para palestras e demonstração de máquinas para colheita e beneficiamento.
O terceiro dia do Simpósio de Cafeicultura abordou tratos da lavoura, pragas e doenças que afetam o cafezal e resultados de pesquisas na área. A segurança da propriedade rural e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) também foram destaque.
Ao mesmo tempo em que foram realizadas grandes palestras, aconteceram cursos rápidos na área de cafeicultura, gestão, qualidade do café e pecuária leiteira.
CONTATO
No encerramento do Simpósio em Martins Soares, o coordenador Antônio Carlos Xavier da Gama (Toninho Gama) ressaltou a importância do contato com os produtores. “Esse evento permite que o cafeicultor entre em contato com as últimas pesquisas, com as novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas. O ideal é aplica-las e, assim, se manter no mercado, sendo competitivo”, disse.
Toninho lembrou que o Simpósio de Cafeicultura é o maior evento do setor na região e foi o responsável por uma mudança de qualidade e de imagem do café das Matas de Minas.
O investimento em palestras sobre mecanização foi um dos principais aspectos desse ano. Para ele, cada crise é individual, cada região tem os seus problemas e somente o produtor pode solucioná-los. “O intuito é mostrar aos cafeicultores novas tecnologias e inovações, que são relativamente simples, com baixo custo e que vão contribuir para preservar a qualidade das lavouras. As atividades e o lucro serão mantidos, sem comprometer o patrimônio e a propriedade. O caminho é a tecnologia” explica.
Toninho Gama lembra que o evento é feito com empenho e participação de várias pessoas. “Tudo isso deu certo graças ao envolvimento de vários colaboradores e parceiros. Quero, em nome de toda a organização, agradecer a todos que nos apoiaram. Estamos muito felizes com o sucesso dessa edição”, avalia.
Também satisfeito com o evento, o cafeicultor Alexandre Leitão, que é da Associação de Cafés Especiais, elogiou o resultado desse ano. Ele reconhece que o encontro foi um divisor na história regional. “As palestras, as informações sobre as doenças das lavouras do café, as novas pesquisas e equipamentos, tudo isso é importante. Eu, depois que busquei conhecimento, melhorei minha produção. É fundamental”, avalia.
O objetivo do evento é divulgar e discutir os avanços conseguidos no desenvolvimento de conhecimentos, tecnologias e produtos em prol do agronegócio café e prospectar demandas para os próximos anos.
O Simpósio de Cafeicultura já faz parte da agenda brasileira do agronegócio há 19 anos, quando foi realizado o primeiro evento pela ACIAM. Cerca de quatro mil pessoas participaram dos quatro dias do encontro.
Carlos Henrique Cruz - portalcaparao@gmail.com