Igreja Presbiteriana comemora 86 anos em Manhumirim

Em Manhumirim, o ano de 1922, foi um período de efervescência política e uma insatisfação popular contra a dependência de Manhuaçu. O então distrito estava tomando forma de município e a vila de Pirapetinga (antiga denominação) estava precisando de certos melhoramentos e serviços, e de melhor assistência em todas as áreas, que naquele momento, as autoridades não podiam prestar.

Nesta época, já havia sido realizado o primeiro trabalho presbiteriano na localidade; foi em 1912, com um culto realizado pelo Rev. Aníbal Nora, na residência de um senhor chamado Francisco Bastos. A partir daí, abriu-se o caminho para a organização de uma congregação, e, pouco tempo depois do primeiro culto, um fazendeiro de nome Alfredo Breder que, construiu ótimas casas de residência na cidade, e foi, em um salão cedido por ele, que teve início então, uma Escola Dominical, que se tornou oficialmente em Congregação da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá. Em pouco tempo a congregação adquiriu um terreno onde construiu o seu Templo.

Nesse contexto, um conjunto de fatos foi conclamando o povo da cidade para novas aspirações. Em todos os momentos sentiam os anseios de emancipação contra a recusa da sede, e, no Congresso Estadual, defendia-se a independência político-administrativa de Manhumirim — por um lado tinha a negativa de Manhuaçu e por outro a simpatia favorável de Carangola (que foi determinante no congresso, pois autoridades de ambos, considerando sua representação na região, fizeram a diferença). Finalmente, com a Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, é criado o município de Manhumirim. E sua instalação se fez no dia 16 de março de 1924.

A Igreja Presbiteriana de Manhumirim escreveu muitas páginas da história deste município. Alfredo Breder, a quem os memorialistas da região afirmam ter sido um dos defensores e colaborador para emancipação do distrito, que ao mudar-se para a vila de Pirapetinga, por volta de 1919, no ano seguinte, iniciou a construção do prédio, onde funcionaria uma (“sua”) escola; cedia o salão desta para o funcionamento da congregação presbiteriana, e, com isso, nossa igreja, foi enfim organizada pelo Presbitério Espírito Santo-Minas (hoje, desmembrado: Presbitério Leste de Minas-PLMN).

A organização da Igreja Presbiteriana de Manhumirim se deu em 26 de março de 1922, com 123 membros. Seu primeiro pastor foi o Rev. Aníbal Nora da Igreja de Alto Jequitibá, que fez parte da Comissão Organizadora. Portanto, a organização da igreja, aconteceu antes mesmo de se concretizar a emancipação do município.

Nos 86 anos de “abençoada existência” a Igreja Presbiteriana de Manhumirim, contou com 18 pastores abaixo:

Rev. Aníbal Nora (1922 a 1923);

Rev. Juvenal Vieira Batista (1923 a 1925 e Mar/Abr - 1929);

Rev. Otávio de Souza (1926 a 1928);

Rev. Júlio Nogueira (Jan/Fev - 1928);

Rev. Adolfo Andares (Maio de 1929 a 1936);

Rev. Orlando Sathler (1937 a 1941 e 1964 a 1966);

Rev. Cícero Siqueira (1942);

Rev. Antônio Godoy (Jan/Fev - 1943);

Rev. Apolinário Sathler (Abril de 1943 a 1957 e Junho 1962 a 1963);

Rev. Ademário Íris da Silva (1958 a 1961);

Rev. Antônio Ferreira Campos (1962);

Rev. Adelino Sathler (1967 a 1970);

Rev. Paulo Sperber (1971 a 1972);

Rev. Daniel Luiz de Souza (1973);

Rev. Josias Rosa (1974);

Rev. Constantino da Costa Soares (1975 a Setembro de 1978);

Rev. Cary Louback Tavares (1979 a 1986);

Rev. Sergio Pereira Tavares (1987...). 

No decorrer dos anos, a atuação presbiteriana foi aumentando, e em Manhumirim foram criadas mais duas Igrejas, a de Vista Alegre (Córrego do Lessa) e a Igreja Presbiteriana Cidade Jardim. “Em seus 86 anos, a Igreja Presbiteriana de Manhumirim sempre procurou servir a Deus, pautando seu excelente serviço na Bíblia Sagrada, respeitando e caminhando fraternalmente com as outras comunidades cristãs presentes no município” (Jornal Tribuna do Leste - matéria publicada em 3/4/2006).

Com inúmeros motivos para agradecer e louvar a Deus pelas bênçãos recebidas nesses anos todos, parabenizamos a Igreja Presbiteriana de Manhumirim, pelos seus 86 anos de existência e evangelização, e ainda pelos seus sonhos de permanecer crescente e atuante, e também pelas vitórias conquistadas anunciando o Reino de Deus.