Membros do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e alunos do Curso Técnico de Segurança Pública pararam quem passava pela Praça Cinco de Novembro, uma das mais movimentadas de Manhuaçu, para lembrar que abuso e violência sexual são crimes e devem ser denunciados. Na abordagem, os participantes da blitz pediam aos motoristas e pedestres que disquem 100 ou 0800-31-1119 e denunciem, caso desconfiem ou tenham certeza sobre a ocorrência dos crimes.
A blitz de conscientização durou toda a manhã do sábado, 17. Cerca de cinco mil panfletos foram distribuídos. O movimento ocorreu em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado no domingo, dia 18.
‘‘O objetivo é sensibilizar a população e divulgar os números. Às vezes as pessoas vêem acontecendo, mas não sabem onde denunciar’’, diz a presidente do CMDDCA, Valquíria Félix.
O dia 18, alvo da homenagem, foi criado em 2000, por lei federal, para lembrar o caso da menina Araceli Cabrera Sanches, que aos oito anos de idade foi violentada e assassinada, em 1973, em Vitória (ES).
Na opinião da dirigente, os números de casos de crianças e adolescente que sofrem abusos, em todo o país, são preocupantes. "As políticas públicas existem, mas são insuficientes para nossa realidade", observa.
Maria de Fátima Mayrinck, do Conselho Estadual, também participou do ato e considera que os projetos sociais para crianças e adolescentes que moram em áreas de risco ou que sofreram abuso, são importantes para o resgate da auto-estima. "Precisamos de mais investimento neste setor para não criar novos agressores e, ao mesmo tempo, não as perdemos para o tráfico", citou.
Ela ainda agradeceu ao Cabo Goulart – um policial comprometido com os projetos relacionados às crianças e adolescentes – e o apoio dos alunos do Curso Técnico de Segurança Pública. Carlos Henrique Cruz - 20/05/08 - 08:14 - portalcaparao@gmail.com