Um acidente de carro envolvendo o Cabo Luciano Teodoro do Nascimento foi seguido de momentos de tensão na rua Antônio Welerson, na noite desta sexta-feira, em Manhuaçu. O militar bateu em um carro estacionado, tentou tomar a máquina fotográfica de um jornalista e depois chegou a chutar o carro. A cena presenciada por vários moradores e motoristas deixou muitas pessoas assustadas.
Por volta de 22 horas, o policial militar dirigia seu carro, um Uno Mille Eletronic LAK 6588/Manhuaçu pela rua Antônio Welerson. Em alta velocidade, ele bateu num Siena GQX 1147/Manhuaçu que estava estacionado em frente a loja André Chaves. No impacto, o carro foi empurrado por cerca de dez metros até conseguir parar o Uno.
Além do condutor, estava no carro, no momento da batida, Walter Júnior de Sá . O barulho tirou moradores de casa e fez com que várias pessoas parassem na tentativa de ajudar.
O Corpo de Bombeiros socorreu Walter para o SUS de Manhuaçu, enquanto Teodoro permaneceu no local da ocorrência. O militar, visivelmente transtornado, tentou ainda pegar a máquina fotográfica do jornalista Geilson Dângelo, que registrava o fato. Ele só não conseguiu devido a intervenção do Sargento Anderson, um dos primeiros a chegar ao local da ocorrência.
Depois de ter sido contido, o policial foi levado numa viatura da PM para o Pronto Atendimento. No local, vários vizinhos e populares estranharam a atitude e comentaram a tensão vivida nos minutos seguintes ao acidente.
DIFICULDADE
Considerada uma ocorrência de trânsito, a equipe da Polícia Militar providenciou o acionamento de dois guinchos para a retirada dos carros e a perícia para os levantamentos do local.
Apesar da lentidão no trecho, a pista foi liberada totalmente por volta de 23:30. O Tenente Gustavo acompanhou tudo e preferiu não comentar o episódio.
Episódio lamentável, contudo, foi a dificuldade imposta pelo Pronto Socorro para fornecer o nome da vítima socorrida pelos Bombeiros.
Enquanto a Polícia Militar informou os dados do policial e do proprietário do carro atingido, no Pronto Atendimento a recusa foi enorme. Funcionários, que apenas estavam cumprindo ordens, não passaram o nome da vítima para a imprensa.
Foi preciso ir pessoalmente para obter a informação.
Carlos Henrique Cruz / Jailton Pereira - 23/05/08 - 00:50 - portalcaparao@gmail.com