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Escritor lança dois livros em Luisburgo

24/04/2016 - Atualizado em 25/04/2016 09h04

LUISBURGO (MG) - Um livro sempre conta uma história e, no dia 23 de abril, nas atividades da Semana Municipal do Livro, evento promovido pela Secretaria de Educação de Luisburgo, o escritor luisburguense, Adirson Teles, lançou suas novas obras: Maré de Vento e Numa Chuva de Outono.

O romance Maré de Vento fala das surpresas da vida, que assustam e não permitem o claro entendimento do que está acontecendo no momento. A trama narra a dúvida que gera incerteza, e a ausência de humildade que, aliada à falta de diálogo, pode levar a equívocos e mal entendidos difíceis de serem esclarecidos.

O livro traz a história dos amigos Eurico Cruz e Alexandrino Cintra, os patriarcas das famílias Cruz e Cintra, num roteiro onde as personagens transitam de um ponto a outro, interligadas na trama, onde protagonistas e coadjuvantes se confundem e se mesclam, formando um mosaico que se propõe a desvendar os motivos, as razões que levaram ao rompimento de uma amizade tão pura e tão verdadeira.

A proposta do texto é levar os leitores a uma viagem no tempo, a uma reflexão sobre os momentos do cotidiano, a uma análise sobre o que, de fato, importa e, principalmente, a pensar acerca da necessidade de se refletir antes de se tomar certas atitudes.

O outro livro, Numa Chuva de Outono, apresenta uma viagem ao passado e um salto ao futuro por meio de uma leitura que aguça a imaginação, à criação de imagens que permitem até mesmo associar os fatos a alguma personagem ou época da vida real, numa história inspirada no cotidiano de um lugar, de um povo, de uma época, de alguns fatos. A história não se propõe a refletir a realidade ou contar os fatos e momentos vividos, pois, é apenas uma ficção que se inspirou na vida real.

Em Numa Chuva de Outono o café pode ser entendido como uma personagem, devido à sua importância financeira e simbólica para a fictícia Luisburgo, pois, ele alavanca a economia local e representa a hospitalidade, ao ofertar ao visitante uma xícara do mais precioso líquido. E, ainda, as lavouras de café se estendem e cobrem o solo, proporcionando a geração de trabalho e renda a muitas pessoas que dele dependem.

E é entre os pés de café, na época da colheita dos grãos, em pleno outono que os olhares se penetram em busca de fatos, de momentos, de histórias curiosas. E foi, exatamente, na lavoura que se encontram Doralice e Julião Alencar, a mulher de vida quase miserável e o homem de abastadas condições financeiras.

O cenário permite uma volta ao passado, a repensar o presente e a desenhar o futuro e, com isso, Numa Chuva de Outono se constrói numa incansável busca por dar continuidade a um instante vivido em algum momento da vida, porém, ficou adormecido sem uma continuação, distante do ponto final, uma conclusão ou dar um sentido àquele sentimento do antes, perpetuado no futuro, quando Alaor os tornou uma só carne.

O lançamento dos livros Maré de Vento e Numa Chuva de Outono aconteceuna noite do dia 23 de abril, em Luisburgo.

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