Portal Caparaó - Autor de homicídio em Martins Soares matou mais um
Segurança

Autor de homicídio em Martins Soares matou mais um

20/06/2008 - Atualizado em 22/06/2008 10h15

Os bombeiros chegaram até o local por meio de uma denúncia anônima. “Uma pessoa entrou em contato, dizendo que ouviu alguém, que já estava preso, falar que matou uma pessoa e que jogou o corpo em uma fossa”, explica José Carlos Gugliolmetti, delegado-adjunto da 15ª SDP (Subdivisão Policial).

Nas investigações, a polícia chegou ao nome de Egberto de Almeida Rodrigues, 31, que confessou o crime. “Ele está preso aqui na 15ª [Sudivisão Policial] há 20 dias em cumprimento a um mandado de prisão de Minas Gerais também por homicídio”, relatou o delegado.

Leia sobre o crime em Martins Soares

Egberto afirma que matou em legítima defesa. “Ele chegou na minha casa drogado ou bêbado e começou a bater na porta, não deixei ele entrar. Daí ele pegou uma faca e veio para cima de mim, cortou a minha mão. Eu peguei um pedaço de pau e bati umas duas vezes nele”, conta o acusado.

Ele revelou que não se entregou com medo de ser transferido para Minas Gerais. “Cometi um crime em Minas Gerais também e a família da vítima tem influência na cidade, me ameaçaram de morte. Se voltar para lá vou morrer, por isso escondi o corpo”.

De acordo com o relato de Egberto o crime teria acontecido no início da madrugada do dia 5 de maio de 2007. “Eu mesmo abri a tampa da fossa que ficava nos fundos da casa onde eu morava. Hoje não existe mais casa porque o dono me deu as madeiras para construir em outro lugar”, conta.

Ele nega ter falado do crime para alguém. “Não podia falar uma coisa dessas. Alguém pode ter visto, pois quando joguei o corpo já era quase 6h”, diz Egberto.

A polícia suspeita que o corpo seja de Elias de Andrade, conhecido como Fininho. “Ele saiu de Ramilândia um dia antes do crime, mas o desaparecimento só foi registrado pela família no dia 11 de dezembro”, disse Reinaldo Bernardine, escrivão da Polícia Civil.

A família de Elias, que esteve no IML (Instituto Médico Legal) ainda na noite de sexta-feira, reconheceu uma carteira, um par de sapatos e uma peça de artesanato que era produzido pela vítima e que foram encontrados junto com a ossada.

Uma das alternativas que poderia ajudar na identificação correta da vítima, o exame de DNA, já foi descartado. “A família informou que ele não era filho biológico. A opção agora é usar um raio-x da coluna, que deve ser entregue no IML ainda hoje [ontem]”, diz Reinaldo.

Egberto responderá por homicídio doloso e ocultação de cadáver, além do crime de homicídio que já responde em Minas Gerais. Ele foi preso a 15 dias pela Polícia Militar, enquanto trabalhava em um obra na Rua da Bandeira, próximo a delegacia.

Com informações do Jornal Hoje - Cascavel / PR - 08:18 - 20/06/08 - portalcaparao@gmail.com 

O Portal Caparaó não se responsabiliza por qualquer comentário expresso no site ou através de qualquer outro meio, produzido através de redes sociais ou mensagens. O Portal Caparaó se reserva o direito de eliminar os comentários que considere inadequados ou ofensivos, provenientes de fontes distintas. As opiniões são de responsabilidade de seus autores.