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Segurança

Polícia Civil apreende um dos acusados da morte de taxista

01/07/2008 - Atualizado em 04/07/2008 08h38
Policiais Civis de Manhuaçu com apoio de uma equipe de Caratinga apreenderam na manhã de hoje o adolescente de 17 anos acusado de participar do latrocínio contra o taxista José Geraldo de Oliveira 45 anos, na noite de sexta-feira, próximo à pedreira em Reduto.   A operação bem sucedida no bairro Anápolis foi resultado de outras duas incursões policiais desde o final de semana na tentativa de localizar os dois acusados do crime. Além do menor, a polícia apurou que Maycon Corrêa Dias (foto abaixo) participou do latrocínio. “Ele era conhecido como Tiãozinho e o que nós apreendemos é o rapaz descrito como ruivo pelas testemunhas”, destacou o Delegado Getúlio Vargas Lacerda.

Os policiais encontraram ainda uma toca ninja e outra de crochê, além do revólver calibre 32 e munições. “São o mesmo tipo utilizado para matar o taxista. A perícia vai confirmar através de exames de balística se foi a arma do crime”, explicou.

PISTAS

Além de características, a polícia descobriu que o menor era foragido do projeto Captar e do programa de Liberdade Assistida em Manhuaçu, enquanto Maycon era procurado pela polícia em Manhumirim.

“Durante o final de semana, o trabalho foi concentrado em descobrir para qual região eles teriam fugido. Descobrimos que são de Manhumirim, mas tinham um relacionamento com uma jovem de Caratinga. Concentramos as buscas em ônibus e em casas em Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e em Caratinga”, afirmou o delegado. Foram quase 48 horas ininterruptas de buscas.

O taxista José Geraldo de Oliveira trabalhava no ponto do terminal rodoviário em Manhuaçu. O corpo dele foi encontrado a cinqüenta metros da pedreira em Reduto, no bairro Viveiro. “Ele levou um tiro pelas costas, como se estivesse correndo dos dois. A jaqueta foi encontrada no meio do mato e o celular dele. Depois encontramos um pé de chinelo e isso foi importante para saber o caminho que seguiram”.

Getúlio explicou ainda que o objetivo deles teria sido roubar o dinheiro do taxista, uma quantia pequena, mas ainda não detalhada, para comprar crack e sustentar o vício deles.

O adolescente negou envolvimento com o crime e disse que desconhece o que aconteceu com o taxista.

“A revolta em geral é com o ato criminoso, já que qualquer taxista poderia ser vítima deles. Quero aqui ressaltar que a Polícia Civil garante a integridade do adolescente, mas lamentamos que um trabalhador tenha sido morto por motivos tão banais”, reconheceu.

Quando a equipe da Polícia Civil chegava a Manhuaçu, no início da tarde, taxistas saíram em carreata atrás das viaturas. O objetivo foi justamente reconhecer o empenho dos policiais e mostrar o sentimento da categoria com a brutalidade cometida contra um colega de profissão. Alguns chegaram a gritar palavras de ordem como assassino e criticar o ato covarde do adolescente.

Carlos Henrique Cruz / Fotos Jailton Pereira - 16:43 - 01/07/08 - portalcaparao@gmail.com 

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