A idéia de um novo motim foi descartada logo em seguida. Policiais conseguiram controlar as chamas e retiraram o preso. Mesmo assim, policiais militares e civis tiveram trabalho com essa nova chama. O Inspetor Linhares resume bem o episódio: “Nós temos passado mais tempo ultimamente cuidando de presos do que fazendo o nosso serviço de investigação”. Somente nos últimos oito dias, foram cinco noites de sono interrompido por conta de confusões na cadeia, a mais grave foi a rebelião no domingo. Antes disso, houve brigas na sexta-feira, tentativa de fuga no sábado e mais gritaria na noite de segunda.
Além dos policiais mobilizados, o Corpo de Bombeiros promoveu o resgate na cadeia. Ele foi conduzido sob escolta policial com queimaduras pelo corpo até o Pronto Atendimento.
ALUCINAÇÕES
André Luís desde quarta feira começou a ter alucinações de que os outros presos queriam matá-lo. “Ontem (quinta-feira), ele pertubou a cadeia o dia todo e aí tivemos que separá-lo para não acontecer algo pior e deixamos ele na cela externa, onde ficam os albergados. Acabou que ele colocou fogo nos dois colchões e se queimou, já que o espaço é muito pequeno”, afirmou.
Enquanto não explode, a cadeia dá sinais o tempo todo de que precisa de providências. Não é possível mais esperar que algo pior aconteça para que as autoridades tomem providências. Hoje, o simples barulho de sirenes já assusta os moradores de Manhuaçu.
Carlos Henrique Cruz - 27/04/07 - 12:21