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Segurança

Preso põe fogo em colchões e acaba se queimando

27/04/2007 - Atualizado em 03/05/2007 08h06
A cadeia de Manhuaçu está como um barril de pólvora prestes a explodir. Qualquer confusão, por menor que seja, deixa moradores apreensivos e assusta quem esta nas ruas ou mora próximo ao prédio da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil. A cena desta sexta-feira ilustra bem o que ocorre na cadeia. O detento André Luís da Silva Eleotério colocou fogo em dois colchões e acabou todo queimado.   André acendeu o pavio da confusão nesta sexta-feira por volta de 11 horas. O resultado: correria nas ruas, todos comentando que era uma nova rebelião. Quem estava na delegacia se assustou. Moradores dos bairros próximos já apontavam para a fumaça dizendo: tem outra rebelião.

A idéia de um novo motim foi descartada logo em seguida. Policiais conseguiram controlar as chamas e retiraram o preso. Mesmo assim, policiais militares e civis tiveram trabalho com essa nova chama. O Inspetor Linhares resume bem o episódio: “Nós temos passado mais tempo ultimamente cuidando de presos do que fazendo o nosso serviço de investigação”. Somente nos últimos oito dias, foram cinco noites de sono interrompido por conta de confusões na cadeia, a mais grave foi a rebelião no domingo. Antes disso, houve brigas na sexta-feira, tentativa de fuga no sábado e mais gritaria na noite de segunda.

Além dos policiais mobilizados, o Corpo de Bombeiros promoveu o resgate na cadeia. Ele foi conduzido sob escolta policial com queimaduras pelo corpo até o Pronto Atendimento.

ALUCINAÇÕES

André Luís desde quarta feira começou a ter alucinações de que os outros presos queriam matá-lo. “Ontem (quinta-feira), ele pertubou a cadeia o dia todo e aí tivemos que separá-lo para não acontecer algo pior e deixamos ele na cela externa, onde ficam os albergados. Acabou que ele colocou fogo nos dois colchões e se queimou, já que o espaço é muito pequeno”, afirmou.  

Enquanto não explode, a cadeia dá sinais o tempo todo de que precisa de providências. Não é possível mais esperar que algo pior aconteça para que as autoridades tomem providências. Hoje, o simples barulho de sirenes já assusta os moradores de Manhuaçu.

Carlos Henrique Cruz - 27/04/07 - 12:21 

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