BRASÍLIA (DF) - Após dialogar com cafeicultores da Zona da Mata, do Leste e do Sul de Minas, o Deputado Federal Renzo Braz se posicionou contra a importação de café robusta.
“Os cafeicultores de Minas Gerais têm estoque do grão e segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o Brasil possui estoque de café suficiente para abastecer o mercado nacional, por isso é completamente absurdo permitir a importação do grão com uma alíquota de 2%. Vamos insistir, junto ao Governo Federal, para que a suspensão da importação seja definitiva e para que o produtor nacional seja valorizado", afirmou Renzo Braz.
A Proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento era liberar a cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de até um milhão de sacas de café, com alíquota de 2%.
Queda na produção brasileira
Maior produtor de café do mundo, o Brasil passou por problemas de estiagem e seca em 2016, que acarretaram em queda significativa da produção. Com a escassez, o preço do café solúvel subiu 14,9% em 12 meses até janeiro, segundo o IBGE (IPCA). O café em pó teve alta de 20%.
O Ministério da Agricultura alega que há um déficit de 1,27 milhão de sacas para atender a indústria. E, por isso, a Secretaria de Comércio Exterior abriu uma janela de quatro meses para importação de um milhão de sacas de café robusta, sendo 250 mil por mês, entre fevereiro e maio, com imposto de 2%.
Convictos de que a realidade brasileira é outra e que há sim grande estoque de sacas de café no Brasil, cafeicultores e Deputados Federais se uniram e pressionaram o Ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, que repassou a situação ao Presidente do Brasil. Sensibilizado, Michel Temer suspendeu provisoriamente as resoluções que reduziam a tarifa de importação e autorizavam a compra do café robusta no Vietnã. O Presidente irá analisar a situação junto aos órgãos competentes.