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Eleições: Oposição acusa prefeito de compra de votos

02/08/2008 - Atualizado em 04/08/2008 13h04

Policiais militares registraram denúncia de compra de votos no córrego do Espraiado, na zona rural de Martins Soares, com a entrega de materiais de construção através de uma empresa de Manhumirim adquiridos pela Prefeitura Municipal. O prefeito Valdimir Roela Júnior (Mirim), que é candidato a reeleição, alega que os benefícios foram resultado de um programa social do Município e credita a denúncia a perseguição dos candidatos de oposição.

Os policiais registraram o Boletim de Ocorrência 1260, no dia 18 de julho, quando foram doadas quarenta telhas de amianto para Luiz André Pinheiro, morador do córrego do Espraiado. No dia do registro, ele se defendeu, dizendo que é uma pessoa pobre. "Não possuo recursos e no final do ano passado fiz um cadastro na Secretaria de Ação Social solicitando telhas para fazer a cobertura da varanda de minha casa", explicou aos policiais.

Mirim foi acusado de comprar votos beneficiando um eleitor com quarenta telhas de amianto. De acordo com documentos, o material foi adquirido em Manhumirim, através de licitação pela Prefeitura de Martins Soares, e transportado para a comunidade rural.

A ocorrência foi encaminhada para Justiça da 168º Zona Eleitoral, em Manhumirim.

PROGRAMA SOCIAL

Em nota, a Prefeitura de Martins Soares argumenta que as “denúncias são infundadas, caluniosas e de oposição ao seu governo”. O prefeito afirma através de sua assessoria que os materiais telhas e cimento pertencem a um programa de apoio a pessoas carentes promovido pela Prefeitura desde 2005. A nota continua afirmando que são “utilizados critérios rígidos e técnicos, através do Departamento de Assistência Social, com laudo de uma profissional devidamente habilitada, para definir os beneficiados”.

O programa foi aprovado por todos os vereadores da Câmara Municipal de Martins com o compromisso de ajudar a pessoas com extrema necessidade, com benefícios, que vão além de telhas e cimento, como padrões de energia, cesta básica, urnas mortuárias e outras medidas assistenciais.

Na nota o prefeito ressalta ainda, que a lei foi aprovada inclusive com os votos dos vereadores da oposição. Mirim ainda argumenta que a denúncia é normal num período eleitoral: “É apenas uma forma de desestabilizar o governo e a campanha, o que é considerado normal dentro de uma disputa eleitoral. No entanto, não poderia me omitir perante uma acusação leviana de compra de votos”.

O prefeito ainda explicou que Luís Pinheiro fez opção por receber agora os materiais que a ele foram doados no ano passado (período anterior ao eleitoral).

Carlos Henrique Cruz - Antônio José - 11:09 - 02/02/08 - portalcaparao@gmail.com 

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