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Vereador convoca lideranças e empresários para discutir problemas do Parque do Caparaó

14/08/2017 - Atualizado em 14/08/2017 17h05

ALTO CAPARAÓ (MG) - Vereador cobra providências para ajudar o Parque do Caparaó. Situação preocupa turistas e empresários do setor. Na alta temporada de visitação, dificuldades para agendamento e falta de funcionários ficou mais evidente.

Desde o ano passado, o Prefeito José Gomes e o Vereador José Carlos Lovantino têm manifestado a preocupação sobre a situação cada vez mais crítica do Parque do Caparaó. O assunto foi tema de reunião do Circuito Turístico Pico da Bandeira e também relatado a deputados e ao Ministério do Meio Ambiente, em novembro.

REUNIÃO NA CÂMARA

Nesta segunda-feira, 14/08, 18 horas, na Câmara de Alto Caparaó, o assunto será tema da reunião do Poder Legislativo.

Autor da proposta, o vereador José Carlos Lovantino conta que, de uns anos para cá, o Parque Nacional do Caparaó tem passado por grandes dificuldades, como falta de funcionários e de investimentos. A reunião tem o objetivo de fazer uma mobilização em prol do parque.

“Vamos solicitar a reabertura do terreirão, que está fechado desde setembro do ano passado. É a segunda área de acampamento do parque. Melhorias no sistema de reserva. Hoje é informatizado, mas pessoas de todo Brasil estão sofrendo para fazer reserva. Ficam quinze dias sem resposta e, quando vem a resposta, é negativa. Outro problema, limitaram o acesso a 500 pessoas por dia. Numa sexta-feira, feriado prolongado, ao atingir essa cota ao meio-dia, não importa se já saíram 100. Eles não deixam mais entrar. Não tem sentido essa regra. Uma pessoa sai de Belo Horizonte e chega na portaria e não pode entrar. Queremos reivindicar junto ao ICMBio Brasília melhorias para o parque. Saber também a questão da concessão do parque para iniciativa privada”, argumenta.

O documento com as reivindicações será encaminhado para o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) que administra as unidades de conservação no Brasil.

Será enviada também uma Moção de Repúdio ao Presidente do ICMBio, infelizmente, chegamos a esse ponto por causa desses problemas. “Cansamos de pedir providências e não chegam resultados. Documento foi aprovado por todos os vereadores manifestando nossa insatisfação. Afinal, são problemas afetam todo o segmento turístico e a economia do município. O plano de manejo do parque de 1985 foi revisto e, mesmo pronto, não foi colocado em prática. Agora, tudo que pedimos, alegam que o plano não permite, só que aquilo que é permitido não colocam em prática. Há uma proposta de passeio ciclístico dentro do parque e isso não é liberado. Bicicleta é aliada à preservação e colocam as maiores dificuldades no parque. Engraçado que carro pode”.

Segundo ele, no ano passado foram 55 mil visitantes e agora, com esses problemas, acredita o número vai cair. “Alto Caparaó é divulgado pelo turismo. O parque é a referência do turismo e não está podendo ser visitado. O Governo Federal não soluciona os problemas e isso está dificultando a economia regional. Não é só da nossa cidade, mas a região toda. De que adianta passar nos programas de televisão as belezas do parque, mas ninguém vir visitar?”

NOVELA

Em novembro, o Prefeito José Gomes mostrou se muito preocupado com a situação dos Parques Nacionais. No dia 21/11, o ICMBio não renovou o contrato com várias empresas terceirizadas.

De acordo com o vereador, o Parque Nacional do Caparaó está desde então sem controladores de acesso (funcionários que realizavam a cobrança de ingressos nas portarias).

Segundo o Prefeito José Gomes, o turismo emprega muitas famílias em Alto Caparaó e ajuda a movimentar a economia da cidade e região. Para o município, a novela sobre a segurança e manutenção do parque só tem piorado desde então.

Conforme o vereador José Carlos Lovantino: “Muitas pessoas reclamando que não recebem mensagens se tem ou não vagas após fazer o agendamento no site, e que o telefone 32 37472086 não atende, sempre dá ocupado”, afirmou.

José Carlos Lovantino diz que houve manifestações de empresários e até do poder público em ajudar. “Precisamos sentar empresários do setor turístico, comunidade, políticos locais e principalmente ICMBio para traçar um caminho para que a iniciativa privada possa ajudar o parque, já que o setor é ligado ao local”, afirma.

Ao mesmo tempo, Lovantino critica a falta de interesse do Governo Federal, responsável pela Unidade de Conservação: “Precisamos unir Espírito Santo e Minas Gerais em uma mesma força e tratar seriamente o Parque Nacional do Caparaó, pois se formos esperar do Governo Federal iremos angustiar o fechamento do parque, pois, estou observando que o governo não está se esforçando e nem aí para o Caparaó”.

Redação do Portal Caparaó

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