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MANHUAÇU (MG) - Com mais de 4,7 mil substâncias presentes em sua composição, o cigarro está relacionado a doenças do sistema cardiovascular, como infartos, derrames e acidentes vasculares cerebrais (AVC); além de cânceres de boca, pulmão e de laringe. As doenças respiratórias mais recorrentes e associadas ao tabaco são enfisemas pulmonares, bronquite, infecções respiratórias e até embolia pulmonar.
Dr. Eduardo Cardozo Lima, médico cardiologista em Manhuaçu, apresenta fatos que comprovam os malefícios do cigarro e comenta sobre o tema: “Apesar da diminuição expressiva nas últimas décadas, o tabagismo ainda é um importante problema de saúde pública e o número de fumantes permanece alto. Estima-se que cerca de 15% da população adulta é tabagista, ou seja, existem no Brasil aproximadamente 18 milhões de fumantes. Observa-se entre a grande maioria dos pacientes o desejo de interromper o tabagismo. Geralmente, sem acompanhamento profissional adequado dificilmente o objetivo é conquistado. Para isso, campanhas de conscientização e orientação dos fumantes quanto aos riscos do tabagismo são estratégias fundamentais. Existem medicamentos, tais como a bupropiona e gomas/adesivos de nicotina que podem ajudar, porém a força de vontade do paciente é a principal arma no combate ao tabagismo".
Ele cita que o cigarro apresenta mais de 4 mil substâncias químicas que, além de provocar o vício (nicotina), podem induzir várias enfermidades: doenças cardiovasculares (tais como o infarto e derrame cerebral), doenças pulmonares (como o enfisema) e tumores (câncer de pulmão, boca, bexiga, intestino, dentre outros).
"O risco de desenvolver doenças pode persistir até 10 anos após a interrupção do tabagismo. Por isso é importante parar o quanto antes for possível. As doenças cardiovasculares que mais causam mortes atualmente são o infarto do miocárdio, o derrame cerebral (AVC) e a insuficiência cardíaca. São doenças provocadas por vários fatores de risco (entre eles pressão alta, diabetes, colesterol alto) e também estão fortemente relacionadas com hábitos de vida inadequados como: o tabagismo, etilismo, sedentarismo, estresse, obesidade, alimentação ruim", explica Dr. Eduardo Cardozo.
A melhor maneira de tratar as doenças cardiovasculares, na verdade, é a prevenção: praticar atividades físicas regularmente (mínimo 3x por semana), adotar alimentação saudável (pouco sal, reduzir alimentos gordurosos, reduzir alimentos ricos em açúcar), evitar fumo, consumir bebidas alcoólicas de forma moderada e realizar avaliações preventivas cardiológicas anualmente após os 40 anos. Nessas avaliações é possível determinar o risco futuro de o paciente apresentar doenças cardiovasculares através de exames de sangue, eletrocardiograma, teste ergométrico e ultrassom das artérias carótidas.
”Em pacientes jovens com histórico familiar intenso de doenças cardiovasculares ou que apresentam muitos fatores de risco, orienta-se avaliações preventivas antes dos 40 anos.”
Com informações do Diário de Manhuaçu