MANHUAÇU (MG) - O Conselho do Café da Região das Matas de Minas apresentou novas informações sobre mercado e fez o lançamento oficial do Selo das Matas de Minas e do programa de rastreabilidade. A entidade coordenou um painel de palestras e promoveu a divulgação de cafés premiados durante a 22ª edição do Simpósio de Cafeicultura, realizado em Manhuaçu, pela ACIAM.
O painel do Conselho da Região das Matas de Minas em parceria com o Sebrae-MG trouxe palestras e debates durante a tarde do primeiro dia do evento. O cafeicultor Marcus Magalhães apresentou as principais tendências do mercado de café nacional e mundial num debate coordenado pelo professor José Luiz Rufino - Superintendente do Centro de Excelência do Café das Matas de Minas.
O Doutor em Melhoramento Vegetal e Chefe Geral Embrapa Café, Engenheiro Agrônomo Gabriel Ferreira Bartholo, apresentou uma palestra sobre a inovação tecnológica como ferramenta de propulsão das regiões produtoras de cafés diferenciados.
Na segunda parte, foi lançado o Selo de Rastreabilidade das Matas de Minas. Com a estratégia, o Conselho das Entidades do Café das Matas de Minas quer que o consumidor saiba que, além de qualidade, o produto da região tem procedência, rastreabilidade, é ético e sustentável
A partir de agora, os produtores contam com um sistema de rastreabilidade da certificação de origem, desenvolvido com parceria do Sebrae. Trata-se de um programa web que, entre outros benefícios, garante a exclusividade do grão, protegendo os produtores. “O sistema sustenta a qualidade do café e garante que, lá na gôndola, o consumidor final vai saber sobre a origem e a história da bebida que está adquirindo”, ressalta o Engenheiro Agrônomo e Consultor de Cafés Especiais Sérgio Cotrim D´Alessandro.
As perspectivas do mercado de cafés para a safra 2018/2019 foram apresentadas pelo Engenheiro Agrônomo e Analista de Mercado de Café – Banco Rabobank Brasil, Guilherme Morya.
O encerramento foi com a apresentação de casos de sucesso com produtores da região convidados pelo Conselho das Matas de Minas.
Para o professor José Rufino, o selo é a cereja do bolo de todo o trabalho que teve início em 2010. “Assistir os cafés da região receberem esse selo é um momento de coroamento. É uma conquista da região e que tende a se expandir. Quanto mais esse selo se consolidar, maior o valor agregado ao café das Matas de Minas”, ressalta.
Rufino conta que o selo é a garantia das nuances predominantes do café da região. “Hoje é bem caracterizado, como a doçura de rapadura dos nossos cafés e da acidez cítrica prazerosa que nossos eles têm. É isso que estamos entregando no mercado: cafés de agradável paladar e de retrogosto maravilhoso depois. Toda vez que você verificar o selo numa embalagem é uma certeza: aqui tem café de qualidade”.
Durante três dias, o Simpósio reuniu cafeicultores, agrônomos, técnicos em cafeicultura, empresários, representantes de setores governamentais e exportadores a fim de fortalecer o setor cafeeiro.
Também com participação ativa do Conselho, foi realizado o Dia das Mulheres Produtoras de Café com cerca de 300 pessoas de vários setores da cadeia produtiva. Um dos destaques foi a apresentação do e-book “Mulheres dos Cafés no Brasil”, que traça o perfil das mulheres do setor cafeeiro e conta histórias sobre elas.
Cafés premiados
Outra iniciativa desenvolvida pelo Conselho das Entidades das Matas de Minas, em parceria com o Sebrae-MG, Emater-MG e a ACIAM foi a mostra dos cafés especiais. Logo na entrada do evento era possível experimentar os melhores cafés e conhecer outros produtos derivados do café, como sabonete, doces e outras iguarias da culinária regional feitas à base de café.
O coordenador técnico da Emater-MG, Paulo Roberto Vieira Corrêa, explica que a mostra deu visibilidade aos cafés premiados. “Os produtores da região apresentaram seus cafés especiais, resultado desse trabalho de vários anos em torno da qualidade. O café da nossa região ganhou concursos e isso projetou o nome das Matas de Minas para o mercado nacional e mundial”.