VIÇOSA (MG) - Planejamento, relevância e qualidade dos cursos, troca de experiências e alternativas diante do novo cenário sindical marcaram o VI Encontro de Entidades Cooperadas do Senar Minas em Viçosa na quarta-feira (4). O município foi o sexto a receber o evento, programado para 11 cidades do estado. Representantes de 51 sindicatos de produtores e trabalhadores rurais e associações estiveram presentes no evento, realizado no Bristol Hotel.
O superintendente do Senar Minas, Antônio do Carmo Neves, abriu o encontro falando sobre os 25 anos do Senar e o trabalho realizado ao longo desse tempo. Também foram apresentadas as ações previstas no Planejamento Estratégico do triênio 2018/2020 e os principais resultados da Comissão Consultiva, construída pelos núcleos com representantes dos gerentes regionais, presidentes de entidades cooperadas, mobilizadores e instrutores.
“O Senar atua no município porque existe entidades que se propõem a levar a ação do Senar até a sua base de atuação. Tudo isso tem que ser feito com uma parceria muito estreita entre Senar, entidades e mobilizadores. A questão de construir a Comissão teve o objetivo de promover o amadurecimento de todas as equipes. É um processo que veio de 2017, com a consolidação das propostas dentro das nossas normas e manuais. Daqui para a frente, esperamos que essas três entidades, através dos representantes da Comissão, conduzam o Senar cada vez mais firme e mais forte”, explicou.
O Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Divino, Célio de Assis Pereira, considerou o encontro satisfatório: “É um evento produtivo, temos que participar para aprender e levar os resultados para a nossa cidade. Nós temos que apoiar a Faemg e levar essa ideia de planos de seguro e saúde para a nossa cidade.”
Para Lino da Costa e Silva, presidente do Sindicato Rural de Manhuaçu, foi excelente: “Tudo o que foi dito só serviu para acrescentar conhecimento. A inovação de preeenchimento da planilha de eventos no Seven vai nos ajudar muito.”
A gerente regional do Senar Minas em Viçosa, Silvana Novais, apresentou dados sobre a realização de cursos na área de abrangência do Escritório Regional em 2017, analisando os pontos positivos e de aprimoramento. Todos os 105 municípios foram beneficiados com cursos e programas especiais de Formação Profissional Rural e Promoção Social. O ano terminou com mais de 23.600 pessoas capacitadas em 2.156 cursos e programas especiais gratuitos. Recuperação de Nascentes e Artesanato foram os destaques.
“Uma das nossas preocupações é verificar se os cursos realizados têm tido realmente relevância e impacto positivo para o homem do campo, que é o nosso público. Temos que prezar pela evolução contínua do nosso trabalho, analisar nossas oportunidades e continuar atuando efetivamente para a melhoria da qualidade de vida no meio rural”, destacou.
Planejamento
A tarde, o assessor de planejamento do Senar Minas, Celso Furtado Júnior, orientou os participantes sobre a Planilha de Indicação de Eventos. A inovação é que agora a planilha deve ser preenchida no Seven (Sistema de Controle de Eventos). Isso representa a possibilidade de análise do histórico de eventos realizados ao longo dos anos. O analista de desenvolvimento da assessoria de TI da entidade, Juliano Brito Pereira, mostrou como utilizar a ferramenta.
“Agrega mais conhecimento ao nosso planejamento. A partir do momento que temos a planilha com o histórico desde 2013 e que as entidades também conseguem planejar no sistema online, é um avanço em termos de interpretação. Agora temos dados transformados em dados para tomada de decisão e isso melhora o nosso processo de planejamento e as entidades conseguem ser mais precisos ao fazer a prospecção para o ano seguinte”, explicou Celso.
Desafios
Ao final do evento, o diretor da Faemg, Rodrigo Alvim, mostrou as perspectivas e desafios do Sistema Faemg para o triênio 2018/2020 e apresentou algumas alternativas que a federação está buscando frente ao Novo Sindicalismo, como planos de seguro e de saúde e uma central de compras. “Temos que repensar o sindicalismo rural brasileiro. Acabou a contribuição sindical obrigatória, saímos da zona de conforto e temos que nos reinventar”, alertou.