MANHUAÇU (MG) - A emoção e a revelação de talentos contagiaram o I Festival de Música de Manhuaçu (FESTICAFÉ), promovido no último sábado,13, no Palácio da Casa de Cultura. Dos vinte finalistas, quinze soltaram a voz e comoveram a plateia, formada por torcidas organizadas, como amigos e familiares.
O objetivo foi o de revelar novos talentos. Idealizado pelo radialista SJ de Moraes, que encontrou a parceria de Keller Filgueiras, “Tikin” Correa e Luciano Pimentel, além de outras pessoas entusiasmadas com a música, para que houvesse a concretização do projeto, sobretudo, o sonho de descobrir novos talentos locais e regionais e, dar-lhes a oportunidade de se realizarem através da música.
Para a grande final, os organizadores tiveram dificuldade para selecionar os 20 candidatos, devido ao nível dos concorrentes e, as letras das músicas. O idealizador do projeto, SJ de Moraes afirmou que o evento é uma forma de buscar conhecer e revelar os talentos escondidos, que estão bem perto de nós. Ele destaca ainda, que todos os candidatos foram singulares desde o envio do trabalho, preparação e apresentação. “Uma banca de jurados, formada por professores de música, músicos e produtores musicais avaliou e deu a nota para cada um. Isso deixa a gente feliz, dá credibilidade ao evento e imparcialidade”, relata SJ de Moraes.
Para o diretor artístico do FESTICAFÉ, Keller Filgueiras, o evento revelou verdadeiros artistas que, por falta de espaço ficam no anonimato. Outro detalhe que chamou atenção foi a descoberta de uma Banda de Rock surgida da zona rural. O diretor artístico cita o intérprete Willian Ascalon, que mora na região de Manhuaçuzinho e escolheu o estilo rock. Ficou com o 3o lugar, com a música “Fora de Questão”. Keller Filgueiras lembra da escolha dos jurados pela competência e conhecimento musical, para evitar que algum candidato fosse prejudicado nos quesitos votados. “Nosso objetivo foi alcançado e, os candidatos puderam ter no FESTICAFÉ a vitrine, para uma nova projeção”, disse o diretor artístico.
Finalistas com pouca diferença na pontuação
O nível elevado dos candidatos e das músicas, indicava que não seria tão fácil para os jurados escolherem os vencedores do FESTICAFÉ 2018. Após a análise dos critérios de avaliação e classificação, tais como, música, letra, afinação, ritmo, interpretação, harmonia, arranjo, além da popularidade da música, os jurados escolheram os finalistas do festival.
Wiliam Ascalon (Cachoeira Sette) ficou em terceiro lugar, com a música “Fora de Questão”. Obteve nota 6,81 e recebeu prêmio no valor de R$1000,00. Segundo lugar, Pedro Teixeira (Manhuaçu) obteve nota 6,84, com a música “Seu Nome”. Recebeu prêmio no valor de R$ 1.500,00. Em primeiro lugar, Marcela Reis (Manhuaçu) com nota de 6,90, com a música “O Jogo Virou”. A vencedora recebeu prêmio de R$ 2.500,00.
Os vencedores avaliaram como positivo o evento, bem como a forma criteriosa para avaliação desde a presença de palco, interpretação e conteúdo das músicas. Wiliam Ascalon disse que escolheu o ritmo rock por ter imaginado que iria aparecer muitas duplas. “Decidi fazer diferente e deu certo”, completou.
Para Pedro Teixeira, o evento foi importante para descobrir talentos. Ao escolher um estilo diferente em se tratando da idade, foi uma forma de apostar em algo novo. “A busca de estilo é interessante. Tomara que eventos assim aconteçam mais vezes”, disse Pedro Teixeira.
Marcela Reis, ainda emocionada disse que foi gratificante participar. Ao falar da música apresentada, ela disse que tudo aconteceu num momento bem tranquilo de sua vida. Com experiência em cantar, Marcela Reis destaca que o evento veio no momento certo, para a descoberta de novos talentos, que por falta de espaço ficam escondidos. “Foi muito emocionante para mim. Não esperava ser vencedora, mas, com muito esforço, dedicação dos músicos participantes tudo deu certo”, frisou Marcela Reis.
Eduardo Satil / Tribuna do Leste