A Justiça de Lajinha afastou a vereadora Alzira Machado (PMDB) de suas funções no Legislativo. Apesar de não prejudicar o mandato, a medida é resultado de uma solicitação do Ministério Público ao entender que a vereadora poderia atrapalhar os levantamentos sobre denúncias nos gastos da reforma da sede da Câmara na gestão dela (2005 e 2006).
Depois de apresentar denúncias, no dia 28 de fevereiro, durante a Sessão de abertura dos trabalhos deste ano, os vereadores de oposição - Flávio Elias; José Camilo Miguel; Jorge Luiz Pereira – todos do PSDB; e Flávio Antônio de Morais – (DEM, antigo PFL) – aguardavam uma posição do Ministério Público.
A denúncia foi aceita pela promotoria, que propôs o afastamento da vereadora. Para o Ministério Público, Alzira poderia falsificar ideologicamente documentos, além de utilizar-se de seu poder de mando para conseguir declarações e documentos falsos de seus antigos subordinados, na tentativa de encobrir ou dissimular o suposto ato de improbidade administrativa.
Com base nestas e outras alegações, o juiz da Comarca de Lajinha Dr. Luiz Tadeu Dias, determinou o afastamento da vereadora no último dia 10, sem prejuízo das funções, até a decisão final das denúncias.
O magistrado ainda determinou a convocação imediata da suplente de Alzira, Neura da Silva Pereira (PT), eleita pela Coligação Frente Lajinha Para Todos. A suplente foi diplomada na última segunda-feira (14) e deverá tomar posse neste dia 16, em Sessão Ordinária na Câmara.
O Presidente da Câmara vereador Paulo César de Oliveira, em entrevista ao Portal Caparaó, afirmou que os fatos “deixam todo o Legislativo entristecido”. Ele afirmou ainda que “De certa forma, isso tudo não deixa de arranhar a imagem da Câmara Municipal”.
OUTRO LADO
A vereadora Alzira Machado disse estar tranqüila, pois o pedido de afastamento feito pelo Ministério Público foi baseado em documentos apresentados pela oposição. “Eles só querem tumultuar o processo político em Lajinha”, resumiu.
Ela recorreu da decisão de Primeira Instancia em Lajinha. Ela aguarda uma decisão no Tribunal de Justiça em Belo Horizonte sobre o agravo com pedido de liminar que apresentou e será julgado possivelmente nesta quarta. Se isso ocorrer, ela retorna para a Câmara ainda a tempo da sessão ordinária e nem vai deixar a suplente estrear a cadeira.
ANTÔNIO JOSÉ - 00:15 - 16/05/07