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Segurança

Comissão quer agilidade no caso do assassinato do prefeito

19/11/2008 - Atualizado em 21/11/2008 08h25

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais vai pedir aos governos estaduais mineiro e capixaba que agilizem a apuração do assassinato do ex-prefeito de São Francisco do Glória, Gilberto Souza e Silva (DEM). Em reunião realizada nesta quarta-feira (19/11/08) naquela cidade da Zona da Mata, os deputados ouviram explicações sobre o andamento das investigações e perceberam que os trabalhos estão se arrastando sem que se esclareça a responsabilidade sobre o crime.

Gilberto Souza e Silva foi atingido por tiros na cabeça e na nuca no dia 13 de janeiro deste ano em um bar na cidade de Piúma (ES), onde passava férias com a família. Ele tinha 44 anos e deixou esposa e dois filhos pequenos. Quinze dias depois do crime, a polícia de Piúma prendeu o suposto atirador, identificado como Delair Siqueira da Silva, que continua preso mas se recusa a colaborar com as investigações.

Esta foi a segunda vez que um ex-prefeito de São Francisco do Glória é assassinado. Em 2001, o então ex-prefeito conhecido como Fabinho, que cumpriu mandato entre 1993 e 1996, foi morto dentro de casa com vários tiros disparados por um homem encapuzado. Na época, três pessoas chegaram a ser presas mas foram liberadas por falta de provas. Segundo a imprensa local, o inquérito foi arquivado.

Segundo o representante da Polícia Militar de Minas Gerais na reunião desta quarta-feira (19), capitão Louzada, a cidade vive um clima de insegurança. "A população está com medo", alertou. Por isso, o deputado João Leite (PSDB) afirmou que vai pedir à Secretaria de Estado de Defesa Social que envie para São Francisco do Glória uma força-tarefa para garantir tranqüilidade aos moradores.

O advogado da família do ex-prefeito, Reinaldo Magalhães, também se queixou da morosidade das investigações. Segundo ele, elas estão sendo atrasadas propositalmente e a Justiça está emperrando o processo. Magalhães denunciou também que uma testemunha do crime simplesmente desapareceu.

Um dos acusados de ter encomendado a morte de Gilberto Souza e Silva é o fazendeiro e empresário Altomiranda Viegas de Carvalho Neto. Seu advogado, Guilherme Colen, negou qualquer envolvimento de seu cliente na ação criminosa.

O requerimento para a reunião foi do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), que não pôde participar da audiência porque o avião que o transportava, juntamente com o deputado Sebastião Costa (PPS), não teve condições de pousar na cidade vizinha de Muriaé. O deputado Braulio Braz (PTB) justificou a ausência dos colegas aos participantes da audiência, que transcorreu sob um clima de tranqüilidade, sem manifestações ou questionamentos por parte da platéia.

Presenças

Deputados João Leite (PSDB), que presidiu os trabalhos; e Braulio Braz (PTB). Também participaram da reunião o advogado da família do ex-prefeito, Reinaldo Magalhães, o deputado federal Lael Varella (DEM-MG), o prefeito reeleito de São Francisco do Glória, Luciano Dias; o presidente da Câmara Municipal, Geraldo Laviola; os vereadores eleitos Inácio Donizeti e Robson Manoel da Silva; o assessor jurídico do prefeito, Roberto Gomes; o advogado de Altomiranda Viegas de Carvalho Neto, Guilherme Colen; e Nicolau Pedrosa Mendonça.

Assessoria de Imprensa da ALMG - 19/11/08 - 18:08 - portalcaparao@gmail.com

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