Na pequena cidade de Imbé de Minas, a agência dos Correios estava servindo para outras finalidades. Além de cartas, títulos de capitalização e serviços bancários, o local foi denunciado como ponto de venda drogras, através de um funcionário.
A história foi descoberta depois de uma denúncia encaminhada à Superintedência dos Correios. A inspetora regional Ana Maria Iwazawa acionou a equipe da Polícia Militar do destacamento local para apurar a informação.
Eder Rocha, o conhecido Bradesco, de 24 anos, acabou confessando a prática depois que os militares encontraram uma caixa com 89 papelotes de cocaína, embalados e pronto para a venda. Uma outra sacola tinha mais 60 gramas de cocaína. Segundo os policiais, ainda foram localizados dois frascos de fermento Pó Royal. No meio policial, sabe-se que o fermento é misturado na cocaína para fazer mais peso.
Eder afirmou que iria vender cada papelote por R$ 50,00 na cidade de Ipanema. Ele acusou Marcelo da Silveira, de Ubaporanga, de ter vendido a cocaína para ele por 3.500 reais. Bradesco ainda confirmou que recebeu uma ligação, minutos antes, onde combinou de encontrar com o fornecedor da droga, que já havia oferecido mais cocaína para ele comprar.
Segundo o levantamento, faltavam ainda 20 mil reais do caixa da agência dos Correios. Eder disse que utilizou parte do dinheiro para comprar as drogas.
UBAPORANGA
A polícia foi até Ubaporanga e encontrou Marcelo no lugar que ele havia marcado de esperar Eder. Ele confirmou ser o responsável pela entrega da droga, mas negou que possuísse mais para comercializar.
Na tentativa de se livrar do envolvimento, Marcelo alegou que entregou a droga a mando de um indivíduo que conhece apenas pela alcunha de “Lalaço”.
Além da droga, a polícia apreendeu uma folha de cheque do banco Itaú em branco; R$ 238,50; diversas sacolinhas utilizadas para embalar cocaína e um aparelho de celular.
Os dois foram conduzidos até a Polícia Federal em Governador Valadares, onde foram autuados em flagrante.
Carlos Henrique Cruz - 16/02/07 - 19:06