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BSCA em Alto Caparaó destaca nanolotes de cafés especiais de regiões brasileiras

27/02/2019 - Atualizado em 27/02/2019 12h32

ALTO CAPARAÓ (MG) - Apresentar o movimento dos cafés especiais no Brasil a compradores internacionais, promover e valorizar o produto. Esse foi o objetivo alcançado pelo "Programa Destaque BSCA Micro RegionShowcase", ação do projeto “Brazil. The CoffeeNation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

O programa trouxe 22 jovens e expoentes torrefadores e três profissionais da imprensa especializada mundial, oriundos de países da Europa, América do Norte e Ásia, os quais contribuem para o crescimento dos cafés especiais brasileiros, alavancando o mercado através de novos players e, consequentemente, contribuindo para a própria evolução desses jovens empreendedores em suas localidades.

Eles conheceram, em campo, a realidade da produção dos cafés especiais na região do Caparaó, encantaram-se com a excelência no processo produtivo e, ao provarem cafés especiais da maioria das origens do Brasil, adquiriram 20 nanolotes de “cafés butique”, de colheita tardia, por valores entre US$ 15 e US$ 54 por libra-peso, o que equivale a preços de R$ 7.402 a R$ 26.648 por uma saca de 60 kg.

Em leilão presencial realizado no dia 21 de fevereiro, no município de Alto Caparaó (MG), os maiores valores pagos a esses nanolotes, de US$ 53 e US$ 54 por libra-peso, foram, respectivamente, para cafés cultivados pelos jovens produtores Luana Augusto Sodre de Paula, em Alto Jequitiba (MG), região do Caparaó, e Eduardo Daniel da Silva, em Cristina (MG), na Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas Gerais, ambos na casa dos 20 anos.

O representante da empresa SparrowCoffee, dos Estados Unidos, Chris Chacko, além de destacar a excelência dos cafés butiques que conheceram na região do Caparaó, destacou que os preços pagos por essas “jóias” é uma mensagem de apoio aos jovens cafeicultores brasileiros, para que continuem focados na produção de café especial.

A diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, comenta que o programa atingiu sua meta de vender uma história, uma região, um produto e um produtor. “Os produtores mais jovens do grupo entregaram cafés excepcionais e receberam a mensagem e o incentivo dos compradores internacionais para que continuem nesse caminho. Abrimos novas portas com o projeto, estreitamos relacionamentos e ainda disponibilizamos à venda algumas quantias de cafés butique para que esses compradores testem seus mercados com grãos brasileiros de muito fina qualidade”, destaca.

O "Programa Destaque BSCA Micro RegionShowcase", que terminou no domingo, 24, também envolveu visitas a cafeterias de São Paulo e Rio de Janeiro, para expor aos importadores o movimento dos cafés especiais do Brasil até a ponta do consumidor final. “Nosso objetivo é mostrar que estamos evoluindo muito em termo de consumo e evidenciar que também temos alternativas de cafés especiais no Brasil, não enviando tudo para fora”, explica.

Vanusia completa que há consumidores e compradores desses produtos excepcionais no país e que o programa realizado pela Associação também possui como objetivo apresentar isso ao mundo. “Temos competidores em termos de compra dos cafés especiais aqui no Brasil. Assim, valorizamos, justificamos e buscamos cada vez mais a sustentabilidade econômica para os produtores brasileiros”, conclui.

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